Dezenas de voos cancelados em Portugal devido a greve dos comissários de terra

(Atualiza EC5217 com informações fornecidas pela Portway)

Lisboa, 26 Ago A greve dos comissários de terra da empresa Portway devido à insatisfação com as suas condições de trabalho gerou o cancelamento de quase uma centena de voos nos aeroportos de Portugal esta sexta-feira e a situação deverá manter-se durante o fim-de-semana.

O Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Aviação Civil (Sintac) estima que tenha havido uma adesão de 90% em Lisboa, 85% no Porto, 60-70% no Funchal (Madeira) e 40-50% em Faro (Algarve) entre os trabalhadores de um das principais empresas de assistência em escala aeroportuária do país.

“Esta greve mostra claramente o descontentamento desses trabalhadores e esperamos que com isso a empresa possa se abrir ao diálogo”, disse o dirigente sindical Pedro Figueiredo a jornalistas.

De acordo com os seus números, prevêem o cancelamento de 60 voos em Lisboa e 40 no Porto esta sexta-feira.

Denunciam “má-fé” por parte da empresa nas negociações, que vêm mantendo há anos, e pediram a atualização dos salários nas progressões de carreira, melhoria das condições dos períodos de alimentação e descanso e cumprimento do pagamento de férias, entre outras medidas, conforme divulgado pela Sintac na convocação para a greve.

Por seu lado, a diretora de Recursos Humanos da Portway, Rita Reis, afirmou em declarações aos jornalistas que, segundo os seus números, a adesão à greve foi “10% ou menos” e que esta sexta-feira 118 voos foram cancelados no total entre os aeroportos do Porto e Lisboa.

“O impacto é produzido por ser uma greve setorial, ou seja, um número menor de trabalhadores que potencialmente param um departamento inteiro e, portanto, impactam”, explicou.

A ANA-Aeroportos de Portugal alertou esta quinta-feira que a sua atividade seria afetada por vinte companhias aéreas, entre as quais Air Canada, American Airlines, Brussels Airlines, EasyJet, Latam e Turkish Airlines.

O sindicato denunciou ainda que existem entidades que estão a substituir os trabalhadores em greve por serviços externos e garantiu ter transmitido a situação às autoridades.

Reis negou as acusações contra a Portway sobre terceirização e lembrou que quem pode fazer isso são as companhias aéreas e os aeroportos. EFE

ch/ie

Darcy Franklin

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