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O escritor chileno Luis Sepúlveda morreu esta quinta-feira em Espanha vítima de coronavírus, conforme confirmado pela sua família.
Sepúlveda, que tinha sido diagnosticado com a infeção no final de fevereiro, foi internado no Hospital Universitário Central das Astúrias, no norte de Espanha.
O escritor 70 anos Começou a apresentar sintomas no dia 25 de fevereiro, após regressar de um festival literário realizado no Porto, cidade do norte de Portugal, conforme informou na altura a Direção-Geral da Saúde (DGS).
O governo regional das Astúrias, comunidade espanhola onde residia o escritor, denunciou-o como o primeiro caso de coronavírus daquela comunidade autônomo, no sábado, 29 de fevereiro.
Ativismo político
Desde muito jovem, Sepúlveda envolveu-se no activismo político, fazendo parte do Juventude comunista e socialista chilena.
Foi um dos muitos autores, ativistas e intelectuais de esquerda que apoiaram o governo socialista de Salvador Allende (1970-1973).
Após o golpe militar de Augusto Pinochet, foi detido e encarcerado por dois anos e meio. Após a sua libertação mediada pela Amnistia Internacional saiu do Chile para o exílio.
Sepúlveda escreveu romances e crônicas que se destacaram pelo humor simples e pelas representações da vida na América Latina. Seu trabalho foi traduzido para vários idiomas.
Segundo o meio de comunicação chileno La Tercera, “em sua obra de vocação popular ressoam as feridas do passado, as violações dos direitos humanos e a consciência ecológica”.
Escreveu mais de 20 romances, entre os quais se destacam História de uma gaivota e do gato que a ensinou a voar e Um velho que lia romances de amor.
Ambas as criações foram adaptadas para ele cinema.
Também foi reconhecido por ter fundado a Feira Ibero-Americana do Livro.
Deterioração
A saúde do escritor piorou nas últimas semanas. por não responder aos sucessivos tratamentos ou antibióticos e por ter acrescentado à pneumonia inicial outras patologias e problemas associados a diferentes órgãos vitais, segundo fontes de saúde citadas pela agência EFE.
Quando o diagnóstico do coronavírus foi confirmado, foi informado que Sepúlveda estava estável e que sua esposa, a poetisa Carmen Yáñez, apresentava os mesmos sintomas.
Mais tarde, Yáñez deu um diagnóstico negativo.
As autoridades portuguesas contactaram todas as pessoas que tiveram contacto com Sepúlveda no âmbito do festival literário Correntes d’Ecriptas, para informá-las da situação.
Sua morte foi anunciada em comunicado divulgado por sua família, no qual também agradeciam à equipe do hospital pela atenção e dedicação.
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