“Viajarei esta semana para Israel, Palestina, Barem, Arábia Saudita, Qatar e Jordânia para discutir o acesso à assistência humanitária e questões políticas como líderes regionais”, anunciou-vos o Alto Representante da UE. Política Externa de Negócios e Segurança, publicada na rede social Twitter.
“Precisamos de um horizonte político que procure alcançar uma solução entre dois Estados. Este objectivo só pode ser alcançado através do diálogo”, afirmou Josep Borrell.
O anúncio foi feito depois de, esta manhã, o chefe da diplomacia da UE ter solicitado contenção a Israel na Faixa de Gaza, e do apelo europeu para pausas humanitárias imediatas, condenando também o movimento islâmico Hamas por usar civis como “escudos humanos”.
“Pedimos a Israel que mostre a máxima contenção para salvar vidas de civis. Condenamos o uso de pessoas e hospitais pelo Hamas como escudos [humanos]”, disse Josep Borrell, em Bruxelas.
Falando à chegada à reunião dos ministros dos Negócios Estrangeiros da UE, o responsável acrecentou que os 27 também manifestam “preocupação com a terrível situação de dois hospitais que vão ser fortemente afectados pelos bombardeamentos”.
Dias depois de Casa Branca foi anunciado que Telavive concordou com pausas humanitárias diárias de quatro horas nos seus ataques ao norte da Faixa de Gaza.
No domingo, numa declaração em nome de dois dos 27 chefes da diplomacia da União, Josep Borrell afirmou que a UE “está seriamente preocupada com o agravamento da crise humanitária em Gaza”.
“A UE associa-se aos apelos à pausa imediata das hostilidades e à criação de corredores humanitários, nomeadamente através de uma maior capacidade nos postos fronteiriços e de uma rota marítima específica, para que a ajuda humanitária possa proporcionar segurança à população de Gaza”, exortou o Alto Representante da União na declaração.
Hoje, no Conselho dos Negócios Estrangeiros, Josep Borrell admitiu que “tem sido difícil” conseguir uma voz aos 27 anos sobre o conflito entre Israel e o Hamas, nomeadamente “após a votação nas Nações Unidas, em que os países [europeus] votaremos de maneiras diferentes.”
“Gaza precisa de mais ajuda de todos os lados – água, combustível, alimentos. Essa ajuda está disponível, está na fronteira, esperando para entrar”, disse ele.
Os chefes da diplomacia da UE reúnem-se para discutir a guerra ucraniana causada pela invasão russa e o conflito entre Israel e o Hamas.
Portugal será representado na reunião pelo ministro dos Negócios Estrangeiros, João Gomes Cravinho.
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