Lisboa, 5 jul (EFE)
“As análises estão muito boas”, afirmou o cardiologista Miguel Mendes, do Hospital de Santa Cruz, em declarações aos jornalistas no exterior do centro, situado na periferia de Lisboa.
O chefe de Estado português de 74 anos está “no auge de seu jogo” e o desmaio foi “uma situação aparentemente benigna”, disse Mendes, provavelmente relacionado ao calor.
As primeiras análises têm resultados “muito normais”, insistiu o médico, que apontou que existe a possibilidade de ter alta esta quarta-feira mas a decisão vai depender de outros exames que tenham sido realizados.
“Nada indica” que o episódio esteja relacionado aos problemas cardíacos do presidente, acrescentou.
Também à porta do hospital, o médico pessoal do Presidente, Daniel de Matos, disse que “não havia razão para esperar nada grave”.
Questionado sobre se seria aconselhável Rebelo de Sousa reduzir o horário, o médico disse que “não há nada a fazer”.
“Reconheço minha incapacidade de frear a hiperatividade do presidente. Ele está em condições de falar com vocês (os jornalistas) agora, somos nós que não deixamos”, disse.
Por sua vez, o chefe da Casa Civil do Presidente, Fernando Frutuoso de Melo, informou que o presidente gravou mensagens para os acontecimentos que teve durante a tarde desta quarta-feira às quais não pôde comparecer e que, aguardando mais resultados médicos, em no momento não está previsto cancelar sua agenda para os próximos dias.
O conservador Rebelo de Sousa desmaiou esta quarta-feira durante uma visita a uma universidade da Costa de Caparica, a sul de Lisboa, e foi levado ao hospital “por precaução” para realização de exames médicos.
É Presidente de Portugal desde 2016 e está no seu segundo mandato.
O chefe de Estado já teve problemas de saúde e em 2018 desmaiou durante uma visita a Braga (norte) devido a uma queda da tensão arterial.
Em outubro de 2019, foi submetido a um cateterismo no qual foram detectadas várias obstruções coronárias importantes, que foram tratadas durante o procedimento, tendo sido submetido a cirurgia de várias hérnias em 2017 e 2021.
(c) Agência EFE
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