- Elaboração
- BBC News World
O que aconteceu na Argentina e os 11 metros no Qatar foi uma verdadeira história de amor.
A alviceleste converteu a marca do pênalti até cinco vezes neste Mundial (fora os desempates).
E o último desses compromissos não só abriu o placar na final, como também Foi um recorde absoluto em Copas do Mundo.
Pela primeira vez na história, um time teve até cinco vezes a oportunidade de cobrar um pênalti.
O número supera os quatro pênaltis máximos sofridos pela Holanda na Copa do Mundo de 1978 e Portugal na Copa do Mundo de 1966.
Nessas ocasiões, nenhuma dessas equipes conseguiu conquistar o cobiçado troféu.
Nesta ocasião, os cinco pênaltis ajudaram a Argentina a conquistar o título. E daí A França teve até duas penalidades máximas na grande final. Mas não foi o suficiente para vencer a albiceleste.
Quem encarou o desafio de bater os cinco pênaltis para a Argentina foi Leo Messi, fato que o torna o jogador com mais pênaltis cobrados na história da Copa do Mundo, com 6. Obviamente sem contar os pênaltis. fora de desempate.
Esta Copa do Mundo foi a primeira em que os árbitros contaram com o auxílio do VAR, ferramenta que, segundo alguns, tem servido para evitar decisões errôneas dos árbitros.
Para outros, no entanto, algumas das penalidades atribuídas à Argentina foram polêmicas. Analisamos as penalidades máximas e as polêmicas geradas.
1 – Argentina x Arábia Saudita
Logo aos 10 minutos do primeiro jogo da Argentina no Catar, o árbitro esloveno Slavko Vincic marcou o pênalti máximo a favor da Argentina por uma pegada leve em Leandro Paredes.
Uma decisão que gerou algumas dúvidas, até porque Vincic não teria apontado para a marca do pênalti se não fosse pela intervenção do VAR. O chute de 11 metros foi marcado por Leo Messi, que foi seu primeiro gol nesta Copa do Mundo. Não serviu, porém, para evitar a derrota frente à Arábia Saudita por 1-2 naquela que significou a primeira grande surpresa do campeonato.
2 – Argentina x Polônia
Um cruzamento de Wojciech Szczęsny na área deu o segundo pênalti a favor da Argentina de Scaloni. Aquela que seria, seguramente, a mais duvidosa de todas as recebidas. O goleiro polonês saiu para cortar a bola e esbarrou no rosto de Leo Messi no salto.
Um leve toque que, no entanto, foi sinalizado como falta pelo árbitro holandês Danny Makkelie. As reclamações inundaram as redes sociais na época, embora não durassem muito, já que Messi não conseguiu vencer Szczęsny e o polonês evitou o gol argentino. Desta vez não foi o suficiente, já que a Argentina acabou derrotando a Polônia por 2 gols a 0.
3 – Argentina x Holanda
Se antes foi um árbitro holandês quem se envolveu no pênalti argentino, desta vez foi a vez de seus compatriotas da equipe comandada por Louis van Gaal nas quartas de final. Ou mais especificamente Denzel Dumfries. O zagueiro holandês derrubou claramente Marcos Acuña dentro da área e o árbitro espanhol Mateu Lahoz sinalizou pênalti máximo.
Leo Messi conseguiu mandar a bola para o fundo da rede e fez 2 a 0 para a Argentina. Não foi, porém, o único pênalti convertido pelo craque argentino naquela noite, já que ele também marcou na disputa de pênaltis.
4 – Argentina x Croácia
Nas semifinais, a polêmica voltou a surgir nos 11 metros. Um contra-ataque lançado pela Argentina levou Julián Álvarez a enfrentar Dominik Livaković. O jovem avançado do Manchester City chocou-se com o guarda-redes croata e o árbitro apontou rapidamente para a marca de grande penalidade.
As reclamações vieram então do lado croata, entendendo que seu goleiro estava imóvel quando o atacante argentino colidiu com ele. Merecido ou não, o pênalti máximo foi marcado por Leo Messi, que foi o primeiro dos três gols que levaram os comandados de Scaloni à final.
5 – Argentina x França
Mas o destino quis que a Argentina tivesse um último encontro com os 11 metros. Aos 21 minutos, um enérgico Ángel di María, que regressava ao onze inicial, foi derrubado por Dembelé. O jogador do Barcelona tocou levemente no jogador da Juventus, mas o suficiente para o polonês Szymon Marciniak marcar um pênalti.
Mais uma vez Leo Messi assumiu a responsabilidade e, pela quarta vez no torneio, balançou as redes. Um pênalti que colocou a Argentina na frente em uma das finais mais emocionantes da história. O gol não impediu a França de levar o jogo para o desempate, mas ali os 11 metros voltaram a sorrir para a Argentina. Montiel coube fazer o gol da final, fechando um círculo que se abriu no primeiro jogo contra a Arábia Saudita.
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