Os casos de varíola confirmados nas últimas semanas em países não endêmicos agora sobem para 131, com outros 106 suspeitosinformou nesta terça-feira a Organização Mundial da Saúde (OMS), que indicou que os países que mais relataram infecções são Espanha (40), Portugal (37) e Reino Unido (20).
Casos já foram confirmados em 17 paísesprincipalmente europeus, embora infecções também tenham sido identificadas em Paquistão (2), Israel (1), Canadá (5), Estados Unidos (2) e Austrália (2)indicou a OMS durante uma sessão técnica da atual assembléia anual da organização.
A Espanha também é o país com mais casos suspeitos da doença (51), seguido pelo Canadá (17) e Itália (15).segundo dados da OMS, que relata um possível contágio na Argentina.
a doença é endêmica por pelo menos 40 anos nos países da África Ocidental e Centrale embora os casos já tivessem sido registrados em outras regiões, até então sempre ligados a pessoas que viajaram para o continente africano, isso é a primeira vez que um surto tão generalizado foi observado.
O especialista Rosamund Lewisdo departamento de varíola da OMS, sublinhou esta terça-feira em conferência de imprensa que para já as fontes de contágio são pequenas (famílias, grupos de conhecidos), já que a principal via de transmissão é o contato próximo, o risco para a população em geral é “baixo”.
Os sintomas da doença podem incluir febre, linfonodos inchados, dores de cabeça, fadiga muscular e erupções cutâneas no rosto, mãos, pés, olhos ou genitais.
Lewis recomendou que aqueles que desenvolvem esses sintomas consultem profissionais de saúde, se isolem em casa e evitem contato físico com outras pessoas.
A vacina convencional contra a varíola, uma doença mais grave, provou ser 85% eficaz contra a varíola dos macacos.
No entanto, a maioria das gerações mais jovens não são vacinadas contra a varíolaque foi considerado erradicado globalmente há quatro décadas, razão pela qual suas campanhas de imunização foram interrompidas e hoje Lewis reconheceu que os estoques de vacinas contra a varíola no mundo atualmente são “limitados”.
O primeiro caso de varíola no mundo foi detectado em 1970 em uma criança da República Democrática do Congoe só nesse país até agora este ano houve 12.000 casos suspeitos, destacou o especialista.
(Com informações da EFE)
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