A exceção ibérica é a fórmula defendida pelo Governo da Espanha como solução exportável em toda a Europa para aliviar a crise energética. Pedro Sánchez e o chanceler alemão Olaf Sholz falaram sobre isso na terça-feira. O Presidente do Governo participou como convidado de honra numa reunião do Executivo alemão.
Ambos os líderes concordam com a necessidade de acelerar a interligação de gás da Península Ibérica com a União Europeia e fazê-lo através de França apesar da reticência deste país. Sánchez, que garantiu que “adoraria” viajar para a Argélia no momento em que a crise diplomática com este país ainda está aberta, mostrou sua solidariedade com os países mais dependentes do gás russo diante do que descreve como chantagem por Putin.
Em 9 de setembro, os ministros de energia da União Europeia se reunirão para discutir medidas de emergência destinado a travar o aumento imparável dos preços da electricidade. Até agora, o modelo energético europeu baseou-se no gás. A escassez causada pela guerra na Ucrânia desencadeou os preços.
Em junho, Espanha e Portugal convenceram os seus parceiros europeus de que a sua situação era excecional, devido à falta de interligações energéticas com o resto do continente e o preço da eletricidade foi dissociado do preço do gás. Esse modelo funcionaria para o resto da Europa?
Olhando diretamente para o futuro, especialistas estão empenhados em basear o modelo energético no desenvolvimento tecnológico. Nela, o armazenamento de energia produzida a partir de fontes renováveis desempenha um papel fundamental. No curto prazo, especialistas defendem o autoconsumo de energia como a única solução viável.
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