Lisboa, 16 Jan (.).- O ministro das Finanças de Portugal, Fernando Medina, descartou esta segunda-feira que Portugal entre em recessão em 2023, como é expectável para outros países da zona euro, e mantém as suas previsões de crescimento” mais moderado” para este ano.

Medina garantiu, em declarações à comunicação social portuguesa em Bruxelas, que o Executivo socialista português mantém o cenário que concretizou no seu Orçamento de Estado para este ano, que “não foi de estagnação, muito menos de recessão, mas de crescimento económico”.

“As nossas projeções nunca coincidiram com aquele cenário (de recessão), que foi a nível europeu, não para o nosso país”, insistiu, referindo que o crescimento económico em 2023 será “mais moderado” do que em 2022.

Para 2022, o governo português esperava um aumento do PIB de 6,5%, embora o chefe das Finanças admitisse esta segunda-feira que poderia ser superior: “Portugal é o segundo país que mais cresceu na zona euro em 2022, com um crescimento entre 6,7% e 6,8%”, especificou.

Este ano, segundo o Orçamento, o PIB deverá crescer 1,3%.

Ainda assim, Medina tem indicado que neste início de ano existe “um cenário menos negativo” do que existia quando o seu gabinete preparou as contas de 2023, “principalmente ao nível dos preços da energia”.

“Isso tem um grande impacto na capacidade de cumprir nossas metas orçamentárias”, previu.

Também confirmou que 2022 fechou com uma “redução recorde da dívida pública em mais de 10 pontos percentuais”, enquanto se aguarda a divulgação de dados oficiais.

Portugal encerrou 2021 com a dívida em 125,5% do PIB, que em setembro do ano passado havia caído para 120,1%.

A meta do governo era fechar 2022 em 115% do PIB.