Será reforçada a segurança nas vias de penetração agrícola e nas imediações das quintas da zona norte de Portuguesa para prevenir e combater ações criminosas que ameacem a produção alimentar.
A decisão foi acordada por produtores e órgãos policiais e militares em uma reunião onde os sindicatos agrícolas levantaram a necessidade de coibir a incidência de crimes no meio rural, especialmente agora que começou a semeadura de cereais correspondentes ao ciclo de inverno.
José Gregorio Escalona, comandante da Zona Operacional de Defesa Integral (Zodi) 33, liderou a reunião em que se decidiu reativar a Rede de Segurança Centauro, para que os produtores e as forças de segurança mantenham comunicação direta a fim de tratar informações verídicas e oportunas que previnem crimes, além de dar uma resposta imediata às vítimas.
Sem descanso para a segurança
O chefe militar garantiu a disposição do executivo regional em apoiar os produtores em questões de segurança, com o objetivo de prevenir e coibir todo tipo de crime no meio rural.
O roubo de gado (roubo de gado) e de máquinas são os flagelos com maior impacto na actividade agro-pecuária em Portuguesa, segundo os porta-vozes das associações.
Durante o encontro, promovido pela Fedecamaras-Portuguesa, cujo vice-presidente Francisco Vacca é também diretor da Associação dos Produtores Rurais do Estado (Asoportuguesa), ficou acertado que serão coordenadas reuniões mensais entre todos os atores envolvidos para “manter ” a Rede de Segurança. Centauro.
Representantes do setor de comércio dos diversos municípios da região participarão de futuras reuniões.
Forças de segurança ativas
Participaram do encontro órgãos policiais e militares, bem como organizações com competência na produção nacional de alimentos, que se realizou no Centro de Manutenção e Reparação de Helicópteros das Forças Armadas Nacionais Bolivarianas (Cemareh), em Araure.
Juntamente com a autoridade máxima do Zodi 33 estava o Secretário de Segurança Cidadã de Portuguesa, Luis Medina, bem como os chefes do Estado e da Polícia Nacional Bolivariana, o Corpo de Investigações Científicas, Penais e Criminais (Cicpc), da Polícia Nacional Bolivariana Guarda. (GNB) e a Direção do Sistema de Investigação Criminal e Inteligência Estratégica.
Também estiveram presentes representantes do Ministério da Agricultura e Terras e do Instituto Nacional de Sanidade Agropecuária Integral (Insai).
Financiamento
Além do apoio na área de segurança, os produtores de Portuguesa também receberão financiamento para o plantio de culturas alternativas ao milho e arroz no período chuvoso.
Em Acarigua, a Prefeitura lançou um plano com o qual liquidará créditos para o cultivo de 200 hectares de feijão bóer no município de Páez.
Rafael Torrealba, presidente municipal anunciou que entregará os recursos esta semana aos camponeses e pequenos produtores.
Ele afirmou que vai garantir o financiamento agrícola com recursos próprios do governo municipal. “É a primeira vez que este tipo de ajuda é realizado sem terceiros”, sublinhou.
Torrealba disse que o objectivo desta iniciativa é contribuir para a produção alimentar em Portuguesa, estado que garante mais de 50% dos artigos de origem vegetal que são consumidos massivamente no país.
Suprimentos
Por seu lado, o Governo tem vindo a apoiar os produtores com a distribuição de insumos agrícolas em jornadas itinerantes que denominou Feira da Ureia.
A obra está a cargo do Instituto de Promoção e Fortalecimento da Economia Comunitária de Portuguesa (Inprofec) e já foi concluída em Guanare, Agua Blanca e San Genaro de Boconoíto. Ele será progressivamente estendido aos demais municípios do estado.
Os produtores que participam da feira não só se beneficiam com a venda de uréia a preços acessíveis, mas também compram outros insumos necessários para o cultivo do milho, incluindo limpadores de milho e controladores de pragas.
“Estamos muito satisfeitos porque a feira é um sucesso em cada um dos municípios onde a realizamos”, disse Nubiert Fernández, presidente do Inprofec.
Ele ressaltou que a Feira da Uréia é apenas um dos planos desenvolvidos pelo governo regional em benefício dos produtores agrícolas, já que o censo dos cafeicultores e cacaueiros está sendo realizado simultaneamente para apoiar o setor.
Fernández destacou que também estão sendo dados passos firmes para fortalecer o setor caprino em Portuguesa e o mesmo será feito com a piscicultura.
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