Presidente Luiz Inácio Lula da Silva Ele recebeu nesta segunda-feira representantes de 11 países, entre chefes de estado e vice-presidentes, que chegaram ao Brasil para sua posse e acertaram dois roteiros de viagens para Argentina e Portugal.
O presidente argentino, Alberto Fernández, confirmou a vinda de Lula ao país nos dias 23 e 24 deste mês para visita oficial e posterior participação na Cúpula da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac).
“Aguardamos a visita oficial de Lula no dia 23 e esperamos que possamos avançar em tudo que conversamos hoje, tomando decisões e realizando ações concretas e o vínculo que Argentina e Brasil devem ter”, disse Fernández.
“No dia 24 nos encontraremos com a Celac em Buenos Aires. Pessoalmente, acho que Lula é um líder regional e será um catalisador muito importante para a América Latina”.
Em encontro entre Lula e o presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa, ficou acertado que Lula viajaria a Lisboa para uma visita oficial e também para a entrega do Prêmio Camões a vários brasileiros.
Sousa lembrou que vários artistas brasileiros foram selecionados para o prêmio, inclusive Chico Buarque em 2019, mas não receberam o certificado. Um dos motivos foi a necessidade das assinaturas dos presidentes de Portugal e do Brasil, bem como do presidente da época. jair bolsonaro se recusou a assinar.
As agendas bilaterais de Lula nesta segunda-feira também incluíram alguns dos mais importantes chefes de estado da América do Sul: Luís Arce, da Bolívia; Guilhermo Lasso do Equador; Gabriel Boric do Chile; e Gustavo Petro da Colômbia, além de Fernández.
Um dos pontos centrais da política externa do presidente neste terceiro mandato é a retomada dos laços regionais, enfraquecidos durante o mandato de Bolsonaro, descentralizando fóruns e relações multilaterais e até as relações com a Argentina -foi o principal parceiro comercial do Brasil na região- para razões ideológicas. razões.
Lula fez questão de que todos os países sul-americanos estivessem representados em sua posse e já teve 10 presidentes, faltando apenas o presidente do Peru, que, em meio à crise que o país vive, despachou o presidente do Conselho de Ministros e o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro. , ao bis Na véspera, foi proibida a entrada no Brasil – em seu lugar assumiu o presidente da Assembleia Nacional, Jorge Rodríguez.
A retomada das relações bilaterais tensas com vários países da região está sendo retomada gradualmente. Na mesma terça-feira, o Itamaraty concedeu ao embaixador chileno Sebastián Depolo Cabrera, que estava de férias há meses, o agrèment – aprovação formal para que ele trabalhe no país. Próximo de Boric na esquerda, Bolsonaro não quis receber o embaixador designado.
No encontro com a Bolívia, segundo o presidente Luís Arce, foram novamente negociadas cooperações e acordos no setor de energia. Segundo entrevista concedida a Arce à televisão estatal boliviana, tratava-se da revisão dos contratos de compra de gás, exigência boliviana difícil de negociar no governo anterior, mas também da entrega de ureia do país para a produção de fertilizantes no brasil. .
O presidente também se reuniu com o vice-presidente chinês Wang Qishan, que entregou uma carta do presidente chinês Xi Jinping com suas saudações e vontade de expandir a cooperação. “A China é nosso maior parceiro comercial e podemos continuar a ampliar as relações entre nossos países”, disse Lula no Twitter.
A agenda de Lula incluía 17 reuniões com autoridades estrangeiras nesta segunda-feira, mas seis delas foram canceladas por falta de tempo.
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