O caminhante guatemalteco Erick Bernabé Barrondoexclusivo país medalhista olímpicosabe que é chegada a hora de fechar um ciclo, mas que com as 12 badaladas do dia 31 à meia-noite um novo se abrirá e, com ele, uma oportunidade de buscar novos sucessos na marcha atlética.
O atleta acaba de bater um novo recorde na semana antes do Natal, mas não dentro da atividade atlética, mas sim no campo humanitário, pois depois de 12 anos servindo as comunidades próximas a San Cristóbal Verapaz e ao povoado de Chiyuc, de onde é natural, Barrondo entregou a doação de número 50.000 desta louvável obra social que realiza.
“Faço essas doações há 12 anos, antes mesmo de ganhar a medalha olímpica, e entregar o presente de número 50.000 foi um momento de muita paz para mim, porque sei que estou servindo ao meu país e que eles podem ter um prato de comida na sua mesa para o Natal é uma grande satisfação. Agradeço a quem nos ajuda com parte do patrocínio, e o combinado é que se der uma peça de fruta eu compro outra igual”, enfatizou o atleta.
Para o guatemalteco, este ano teve seus momentos positivos, como o recorde nacional dos 35 quilômetros em uma prova internacional como a de Dudince, na Eslováquia, onde se reúnem os melhores competidores de sua especialidade.
“Sinto que fui bem este ano. Comecei a treinar sozinho e, embora não tenha tido a oportunidade de competir muito, os testes que fiz foram bons. Ganhei o Campeonato Nacional, que custa cada vez mais caro, e os 35 km de Dudince, que foi um novo recorde nacional, e o trabalho físico e técnico foi polido”, explicou Barrondo.
“A importância de competir em eventos internacionais é que os juízes se acostumem a te ver e também a evolução que você tem no trabalho, enquanto aqui do mundo não temos essa possibilidade”, disse o atleta, que também indicou que a temporada de 2023 já começou.
A Federação Internacional de Atletismo modificou a distância da marcha de 50 quilômetros para 35, algo que os atletas devem respeitar.
“O fato de terem reduzido a distância de 50 para 35 quilômetros nos afetou no sentido de que já tínhamos o hábito de treinar para aquele percurso. Procuro sempre manter um trabalho de fundo maior, embora o ritmo seja mais rápido por ser um trecho mais curto. O positivo é que me permite competir tanto nessa prova como nos 20 quilómetros”, destacou o recordista nacional, que ambiciona a dupla medalha nas próximas feiras do ciclo olímpico.
A atividade para a marcha guatemalteca começará no dia 22 de janeiro, quando será disputado o Campeonato Nacional.
“Em 2023 temos o Campeonato Nacional, o Pan-Americano, que será na Nicarágua, o Mundial, que pelo que entendi será em Roma, e depois os Jogos Centro-Americanos e do Caribe em San Salvador, e os Jogos Pan-americanos em Santiago. do Chile”, acrescentou.
O atleta de Chapín garante que as festas de fim de ano preferem passar em família e, embora não seja seu costume, partilhou os seus desejos para o próximo ano.
“Entre meus desejos está que o esporte tome um bom rumo, pois assim as crianças voltam a ter a ilusão de seus heróis e são estimuladas a entrar no alto rendimento. A título pessoal, podendo trazer medalhas para a Guatemala tanto nos Jogos da América Central e do Caribe quanto nos Jogos Pan-americanos”, concluiu o medalhista olímpico em Londres 2012.
“Amante da TV. Ninja da música. Fanático por viagens amador. Fã de bacon. Evangelista de comida amigável. Organizador freelance. Fanático certificado pelo twitter.”