No horizonte, há também a celebração das Jornadas Mundiais da Juventude e a Igreja procura expressar o seu empenho na sua remodelação. Além dos repetidos pedidos de perdão, a comissão sugeriu à Conferência Episcopal que desenvolvesse um símbolo que lembrasse o arrependimento.
A Igreja Portuguesa confessa
brais suarez
A Igreja de Portugal, com problemas de reacção e grave falta de transparência, tenta purificar-se face à Jornadas Mundiais da Juventude, que Lisboa vai acolher em 2023. José Ornelas, presidente da Conferência Episcopal Portuguesa, pediu esta semana perdão às vítimas menores de abuso sexual por padres da Igreja Católica. Ele garantiu que, se condenados, os padres serão expulsos da instituição.
Mas a mensagem pode ter chegado tarde demais. Não é a primeira vez que a Igreja só se pronuncia sobre escândalos quando chegam ao público e não quando a direção da instituição tem conhecimento deles. Omissão ainda mais grave considerando a comissão independente criada em 2021 para tratar desse tipo de caso. Aliás, Ornela só se manifestou depois de a Justiça ter confirmado, no passado sábado, que o está a investigar por ter acobertado casos de abuso sexual de crianças acolhidas no orfanato Centro Multiusos Leão Dehon, em Moçambique.
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