Eles pedem para estender o co-pagamento de medicamentos para diabetes à obesidade

Ouvido na Comissão Parlamentar de Saúde, o presidente da APDPJosé Manuel Boavida, considerou que o facto de o co-pagamento destes medicamentos no caso da diabetes tipo 2 só ser previsto para pessoas com IMC superior a 35 “não faz sentido”.

“O próprio estudo em que o Infarmed se apoia para tomar esta decisão mostra que as pessoas com um índice de massa corporal entre 30 e 35 têm melhores resultados, o que é fácil de compreender porque é mais fácil do que uma pessoa com um pouco de excesso de peso perder peso do que uma pessoa muito pessoa com sobrepeso”, explicou.

José Manuel Boavida defendeu que “o Infarmed deveria ir mais longe” nesta comparticipação, no sentido de decidir a comparticipação em casos de obesidade, definindo critérios específicos.

No caso da diabetes tipo 2, defendeu que a comparticipação deveria ser para todas as pessoas com excesso de peso: “Não chego nem aos 30 [por el IMC]que é a obesidade, porque, como vocês sabem, todos esses índices são calculados artificialmente, por consenso”.

“Eu diria um índice de massa corporal superior a 28, que é o que alguns países já utilizam no caso da diabetes”, acrescentou.

Acesso a medicamentos

Questionado sobre a dificuldade que os diabéticos têm em aceder a estes medicamentos nas farmácias – uma vez que também estão a ser utilizados, embora sem comparticipação, em casos de obesidade – disse que a situação é “muito grave”.

“O laboratório tem uma ‘tampa’ [límite máximo anual fijado para el gasto del Estado en copago] dos quais não recebe nada e, portanto, não os coloca nas farmácias. (…) É uma questão que o Infarmed tem de negociar”, considerou, lembrando que nos Estados Unidos – “onde os preços são exorbitantes” – o Senado pediu aos responsáveis ​​das farmacêuticas que renegociassem os preços.

“Aqui sugiro também que liguem para os gestores dessas empresas comerciais e vejam se estão dispostos a baixar os preços, permitindo assim um acesso mais amplo a uma população maior. Ao venderem muito mais, o resultado final certamente não lhes seria desfavorável, ” ele disse.

Em julho, tendo em conta a dificuldade de acesso a estes medicamentos nas farmácias, o Infarmed fez recomendações para gerir a escassez destes medicamentos, lembrando que não devem ser prescritos a doentes não diabéticos e desaconselhando a sua utilização “off label” para perda. de peso.

José Manuel Boavida assegurou ainda que há empresas que já vendem este medicamento online – sem receita médica – num processo que, disse, poderá ter “repercussões muito grandes”.

“Para dar um exemplo, a testosterona é o medicamento que mais se vende online e (…) quase não está disponível nas farmácias. Praticamente tudo se vende online”, afirmou, acrescentando: “o futuro pode trazer-nos problemas. ” complexo de resolver”.

O responsável foi também questionado pelos deputados sobre a importância da prevenção da diabetes, lembrando que já tinha proposto a criação do Instituto de Prevenção da Diabetes e desafiando os ministérios da Saúde e das Finanças a apoiarem a implementação desta ideia.

Joseph Salvage

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