Lisboa, 6 de agosto (EFECOM).- O governo português vai destinar 2,5 milhões de euros para formar migrantes para trabalhar no setor do turismo, disse à EFE esta terça-feira uma fonte do Ministério da Economia, depois de o meio de comunicação português Público ter noticiado a notícia.

Numa primeira fase, serão formados 1.000 migrantes, e o Governo quer recorrer à rede de escolas do Turismo de Portugal, entidade pública responsável por promover, valorizar e tornar sustentável o setor.

Ao final do período de treinamento, os migrantes farão estágios em empresas aderentes ao programa.

Ainda não se sabe quando começará esta iniciativa, que será financiada com 2,5 milhões de euros do orçamento do Turismo de Portugal e faz parte do Plano de Aceleração da Economia, anunciado no mês passado pelo governo de centro-direita do primeiro-ministro Luís Montenegro.

Em entrevista em julho, a secretária-geral da Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal (AHRESP), Ana Jacinto, explicou ao Público que a principal ameaça ao setor é “a falta de pessoas disponíveis para trabalhar e a dificuldade de manter os postos de trabalho que estão a obter”.

“Seja no setor da restauração ou do alojamento, a escassez de trabalhadores está a ter um grande impacto no bom funcionamento dos nossos negócios, comprometendo negócios atuais e futuros”, disse Jacinto.

Em 2023, registaram-se mais de 77 milhões de dormidas em alojamentos em Portugal, tornando o ano passado no melhor da história do país para o setor do turismo, que arrecadou cerca de 25 mil milhões de euros.

Segundo o portal TravelBI do Turismo de Portugal, o setor é responsável por 6,2% do emprego total no país. Em 2023, o turismo representava 9,5% do PIB português.

Segundo dados do Banco de Portugal, em 2023 havia meio milhão de trabalhadores estrangeiros em Portugal, dos quais 31% trabalhavam no setor da hotelaria, contra 56 mil em 2014. EFECOM

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