Plasencia (Espanha), 26 de junho (EFE).- A Rede de Judeias da Espanha e sua contraparte em Portugal assinaram nesta quarta-feira na cidade espanhola de Plasencia (oeste) um acordo de colaboração entre ambas as instituições com o objetivo de destacar a herança comum da pegada judaica e dos judeus convertidos.
O acordo foi assinado pelo prefeito de Plasencia e presidente da Rede de Judeias de Espanha, Fernando Pizarro, e pelo presidente da Câmara Municipal de Castelo de Vide e da Rede de Judeias de Portugal, Antonio Pita.
Em entrevista coletiva anterior, Pizarro e Pita explicaram que esta “ambiciosa iniciativa” nasceu para promover e fortalecer os laços “culturais e emocionais” que existem entre ambos os países graças à herança histórica compartilhada em Sefarad (nome dado à Península Ibérica pela tradição judaica) e cuja separação em duas nações nunca serviu para distinguir a população judaica de um lado ou de outro da fronteira.
O acordo de colaboração, que tem duração de quatro anos e pode ser prorrogado, inclui o compromisso de ambas as instituições de realizar uma reunião institucional pelo menos uma vez por ano.
Segundo Pizarro, esses encontros servirão para desenvolver um programa de atividades comuns para promover um maior conhecimento da herança judaica das cidades que compõem ambas as redes, tanto em cenários institucionais europeus como internacionais e, particularmente, em contextos onde há comunidades judaicas interessadas em se conectar com suas origens sefarditas.
Inicialmente, este acordo visa promover iniciativas promocionais conjuntas, bem como a participação em feiras internacionais e outras atividades culturais que ajudem a mostrar um maior conhecimento da cultura judaica tradicional, histórica e presente na Península Ibérica.
Como parte do objetivo da cooperação territorial europeia de desenvolver conjuntamente o potencial dos territórios transfronteiriços, o acordo entre ambas as instituições preverá candidaturas conjuntas para concursos destinados a projetos de desenvolvimento e promoção cultural, turística e económica.
Desta forma, pretende-se obter fundos tanto a nível nacional como europeu, aproveitando a experiência anterior na gestão destes recursos de ambas as redes. EFE
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