O SEP denunciou o agravamento das condições de trabalho, a desregulamentação da jornada de trabalho, o trabalho extraordinário, a inversão de cargos, a perda de paridade entre a carreira de enfermagem e a carreira de técnico superior na administração pública, a não realização de processos de avaliação e a ausência de medidas de fixação dos enfermeiros no SNS.
“Estamos a anunciar o plano de luta que vamos desenvolver. Primeiro, uma série de ações de luta, no âmbito de todas as direções regionais, por todo o país, e também uma greve nacional no dia 10 de novembro”, disse o presidente do SEP, José Carlos Martins, aos jornalistas.
José Carlos Martins alertou que se o Ministério da Saúde não apresentar soluções até 10 de novembro, outras formas de luta se seguirão.
“O Ministério da Saúde ainda não deu respostas aos pontos mencionados. É inaceitável que, passado um ano da publicação do diploma que permite a contagem de pontos, ainda existam milhares de enfermeiros sujeitos a injustiças profundas resultantes da não neutralização adequada desses pontos”, frisou.
O líder sindical disse que há “uma gama muito ampla” de enfermeiros que estão sujeitos à injustiça, como os enfermeiros e especialistas mais experientes e qualificados que assumiram seus cargos em 2010.
Segundo José Carlos Martins, a tutela ainda não programou o processo negocial, com vista à valorização dos enfermeiros, referindo a reposição da paridade entre a carreira de enfermagem e a carreira de técnico superior da administração pública e dos profissionais de assistência parental, que “não transitaram para a categoria de enfermeiro especialista”.
“Exigimos que o ministério facilite a contratação de mais enfermeiros e a implementação dos vínculos precários que existem hoje, porque há uma deficiência estrutural com evidências muito claras nas milhares de horas extras que os enfermeiros estão realizando atualmente e ainda estamos longe da fase aguda do inverno”, destacou.
“É essencial contratar mais e consertar relações precárias”, enfatizou.
A mais recente greve dos enfermeiros reuniu dezenas destes profissionais de saúde no dia 30 de junho no Ministério da Saúde, em Lisboa, para reivindicar melhores condições de trabalho.
Durante o protesto, foi aprovada uma moção na qual o SEP declarou que era “inaceitável e intolerável” que o Ministério da Saúde continuasse a não responder aos problemas dos enfermeiros.
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