Lisboa, 7 de junho (EFE).- As duas principais forças políticas em Portugal, o Partido Socialista e a coligação conservadora Aliança Democrática (AD), encerraram esta sexta-feira a campanha eleitoral para as eleições europeias com as suas tradicionais marchas pelo centro de Lisboa e uma ligeira vantagem para os socialistas nas sondagens.
A ameaça de chuva ao início da tarde não anulou as ‘arruadas’ planeadas pelos partidos, já que as caminhadas eleitorais são conhecidas em Portugal para se aproximarem da população local e que realizam no último dia de campanha em bairro lisboeta do Chiado.
O primeiro a descer a famosa ladeira da Rua Garrett foi o Partido Socialista, com a cabeça de lista, Marta Temido, e o secretário-geral, Pedro Nuno Santos, à frente.
O ex-primeiro-ministro António Costa, que era esperado por muitos neste evento de campanha, finalmente não apareceu.
“Estas são provavelmente as eleições europeias mais importantes das nossas vidas”, afirmou Temido, ex-ministro da Saúde, em declarações aos jornalistas durante a caminhada, nas quais pediu aos portugueses “por favor” que votassem no domingo “por uma Europa mais justa”.
Duas horas e meia depois, os candidatos da coligação AD, composta pelo Partido Social Democrata (PSD, centro-direita) e pelo Democrata Cristão CDS-PP, desceram pela mesma rua, de guarda-chuvas na mão, e que tem governado Portugal desde Abril passado.
O cabeça de lista da AD, Sebastião Bugalho, foi acompanhado na marcha pelo primeiro-ministro português, Luís Montenegro, um dia depois de ter contado com a participação da presidente da Comissão Europeia e candidata à reeleição, Ursula von der Leyen, na vários eventos de campanha no Porto (norte).
“Vamos ter uma vitória substancial para a AD”, afirmou Montenegro, apesar das sondagens mais recentes não preverem esse cenário.
A última sondagem divulgada em Portugal, na noite de quinta-feira, apontava para um empate técnico, com ligeira vantagem para os socialistas, que obteriam 33% dos votos, mais dois pontos percentuais que a AD (31%).
O Chega, de extrema-direita, seria a terceira força com 12% e a Iniciativa Liberal, a quarta com 8%, segundo a mesma sondagem, elaborada pela Universidade Católica para o jornal Público e para as estatais RTP e Antena 1.
“Um empate técnico significa que podemos vencer”, insistiu o candidato da AD, que mostrou confiança de que o resultado de domingo será bom para esta força política.
Os portugueses vão escolher 21 dos 720 deputados do Parlamento Europeu entre 17 candidatos e sob o espectro da abstenção, que em 2019 esteve perto dos 70%.
Pela primeira vez será possível votar em qualquer assembleia de voto do país ou posto consular no estrangeiro sem comunicação prévia, uma vez que os censos são digitais e existe um círculo eleitoral único. EFE
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