Os socialistas ganham pelo mínimo em Portugal e os ultras do Chega perdem força

00h15

A contagem tem sido muito apertada, mas finalmente, e por apenas algumas décimas, o Partido Socialista (PS) conquistou os conservadores da Aliança Democrática (AD) nas eleições europeias em Portugal. Com 98% contados, ambas as forças, com 32,3% e 31,8% dos votos, respetivamente, terão o mesmo número de eurodeputados no Parlamento (oito cada) após eleições em que votaram menos de 50. % de eleitores.

Os resultados permitem aos socialistas, representados pela candidata Marta Temido, apanhar algum ar. Há três meses, o PS perdeu o Governo a favor da coligação conservadora, após eleições antecipadas que foram convocadas na sequência de um alegado caso de corrupção do antigo primeiro-ministro, António Costa, que acabou por não dar em nada. Uma das incógnitas destas eleições foi precisamente verificar se, depois disso, os portugueses devolveram os socialistas à primeira posição ou mantiveram a liderança da AD, chefiada pelo primeiro-ministro Luís Montenegro.

Dos restantes 21 eurodeputados eleitos este domingo em Portugal, quatro estão divididos entre os ultras do Chega e os liberais da Iniciativa Liberal (IL). Ambos os partidos entram no Parlamento Europeu pela primeira vez. Para os primeiros, estas eleições foram um teste para medir a sua ascensão nas últimas eleições legislativas, quando triplicaram os seus resultados. Os ultras continuam a ser, por pouco, a terceira força no país, com um resultado mais discreto do que seria de esperar (9,8%) e que esvazia os 18% de apoio obtidos em março. A lutar pela sua posição têm sido os liberais, que ocupam dois assentos e chegam ao Parlamento Europeu com 8,6% dos votos. O pior da noite vai para o Bloco de Esquerda, que consegue manter apenas um eurodeputado face aos quatro que tinha.

Informar Sofia Pérez Mendoza

Miranda Pearson

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