Governo apresenta plano de migração com regulamentação mais rigorosa

O ministro da Presidência, responsável pela política de imigração, prometeu que o plano inclui regras mais rigorosas, uma estratégia para atrair profissionais qualificados e um tratamento diferenciado para os lusófonos.

António Leitão Amaro tem criticado a atual lei de imigração, que permite a regularização em Portugal de quem chega com visto de turista, mediante manifestação de interesse, e a falta de infraestruturas de acolhimento adequadas.

“A política de imigração é um dos grandes fracassos do Governo anterior” e “uma das heranças mais pesadas que recebemos”, afirmou no sábado, em entrevista ao Jornal e para a TSFcriticando as “escolhas erradas das leis e regulamentos de entrada e regularização em Portugal, mas também o colapso das instituições, resultado das eleições e do processo de extinção do SEF (Estrangeiros e Serviço de Fronteiras)”.

O SEF e o Alto Comissariado para as Migrações (ACM) foram extintos em outubro de 2023, dando lugar à recém-criada Agência para a Integração, Migrações e Asilo(AIMA).

Depois de uma reunião com deputados, Leitão Amaro já prometeu rever o modelo institucional de gestão migratória em Portugal.

“Portugal tinha uma instituição, a instituição foi eliminada, os seus recursos humanos foram distribuídos por várias instituições”, uma decisão criticada por vários partidos e organizações, disse o ministro aos jornalistas, prometendo que as novas medidas incluirão uma “correcção também no domínio institucional”. “, sem se comprometer com a manutenção da AIMA.

Em 2023, Portugal processou perto de 180 mil regularizações migratórias, mas há ainda 400 mil pendências, “incluindo manifestações de interesse para a primeira autorização de residência, pedidos de reagrupamento familiar, pedidos de vistos, renovação de vistos ou autorizações de residência, vistos para cidadãos da CPLP [Comunidad de Países y Lengua Oficial Portuguesa]”.

Entre estes candidatos, muitos já abandonaram o território nacional por falta de resposta do Estado.

A AIMA recebe em média cinco mil casos por semana e tem uma capacidade de resposta inferior a metade desse número.

Calvin Clayton

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