Os candidatos dos principais partidos políticos portugueses já exerceram o seu direito de voto nas eleições antecipadas realizadas este domingo, num dia em que se antecipa um resultado muito próximo entre os blocos de direita e de esquerda. O líder do conservador Partido Social Democrata (PSD), Luís Montenegro, afirmou a partir de Espinho, nos arredores do Porto, que está “calmo”. “Qualquer que seja o comportamento da temperatura ou do clima, isso não desencorajará a vontade dos portugueses de decidirem o seu futuro”, observou. “Temos sempre esperança (de baixa abstenção), mas ninguém pode saber. A minha expectativa é que haja uma participação elevada”, acrescentou. As sondagens prevêem uma vitória do PSD e dos seus aliados da Aliança Democrática: o Partido Democrático e Social Centro-Popular (CDS-PP) e o Partido Popular Monárquico (PPM), embora sem maioria suficiente para governar sozinho. Atrás ficaria o Partido Socialista (PS), cujo candidato, Pedro Nuno Santos, lembrou que o seu partido é o “partido fundador da democracia”. Santos apelou à participação eleitoral, “um direito conquistado” que deve ser transmitido às novas gerações. “Este é o maior dia da nossa democracia. Não devemos falhar nem deixar a decisão sobre o que queremos para o país a outros”, sublinhou. Também apelou aos “eleitores indecisos” na esperança de que “tenham recebido os devidos esclarecimentos durante a campanha eleitoral”. O primeiro-ministro cessante, António Costa, também votou. Recordou a proximidade do meio século do aniversário da Revolução dos Cravos de 25 de Abril de 1974 e apelou ao voto “em consciência” porque “todos sabem qual é o melhor”. solução para o futuro do nosso país”. “Ninguém deveria ficar em casa. Não devemos deixar que outros decidam”, sublinhou. Agradeceu ainda o trabalho dos “milhares de cidadãos de todo o país que servem nas assembleias de voto e das forças de segurança que garantem que tudo acontece com total normalidade”. Costa sobre se voltaria a demitir-se, ao que respondeu que “os deveres de consciência não têm hora”. “Já expliquei a razão pela qual entendi que o meu dever era demitir-me (…). Tenho o dever de proteger as instituições. Um primeiro-ministro não pode, não deve, estar sob suspeita”, argumentou. O outro grande actor do bloco de direita é o partido Basta, cujo líder, André Ventura, sublinhou que o seu partido “não é de extrema-direita” e tem apelou para aguardar os resultados para abordar possíveis alianças. “Conversaremos mais tarde. Não quero influenciar o rumo da votação”, sublinhou. Resta saber que peso terão outras formações de esquerda, como o Bloco de Esquerda, liderado por Mariana Mortágua, ou o Partido Comunista Português (PCP), liderada por Paulo Raimundo, que neste momento também apelam à participação.
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