MADRI, 22 de dezembro (EUROPA PRESS) –
As forças políticas de Portugal parecem ter fechado esta semana os blocos com que irão aparecer nas eleições antecipadas de 10 de março de 2024, com poucas novidades, para além do acordo da direita de andar de mãos dadas e tentar derrotar alguns socialistas que continuar liderando as pesquisas.
O Partido Social Democrata (PSD) e o CDS-Partido Popular concordaram em comparecer conjuntamente tanto nas eleições antecipadas como nas eleições europeias de julho, sob a designação de Aliança Democrática.
O presidente do PSD, Luís Montenegro, ficará encarregado de liderar esta alternativa ao Partido Socialista (PS), prometendo ser “reformista e moderado”. Uma manobra que o Chega qualificou de “desesperada”, não apenas para travar a esquerda, mas sim para travar o crescimento da extrema-direita.
Nesse sentido, o líder da extrema-direita, André Ventura, questionou esta aposta do PSD nos “partidos mortos” – numa referência à falta de representação parlamentar do CDS na última legislatura – e sublinhou que enquanto está à frente do Chega, “nunca” aceitará estar numa coligação pré-eleitoral.
No entanto, as primeiras sondagens oferecem um cenário em que todas as forças conservadoras, incluindo os liberais, precisariam de se unir para derrotar alguns socialistas – e os seus parceiros mais à esquerda – que começam como favoritos e começaram mesmo quando ainda não o fizeram. O sucessor de Costa foi escolhido.
Pedro Nuno Santos foi eleito em eleições diretas bem à frente do ministro do Interior, José Luís Carneiro, representante da ala mais conservadora do partido, ao ponto de ter mesmo mencionado a possibilidade de um acordo com o PSD se isso impedisse a extrema direita chegará ao poder.
A três meses das eleições, 22 por cento dos portugueses votariam no PS, enquanto 18 por cento optariam pelo PSD. A terceira força mais votada seria o Chega, com 11 por cento; enquanto a Iniciativa Liberal e o Bloco de Esquerda disputariam o quarto lugar com 4 por cento dos votos, segundo uma sondagem publicada pelo Expresso no início do mês.
Publicada um mês depois da crise política que acelerou a nova convocatória eleitoral, a sondagem reflecte que a união da direita obteria 34 por cento dos votos, dois pontos percentuais a mais que a soma da esquerda.
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