Menos ansiedade, depressão e insônia. O relatório preliminar revelou que 95% das empresas que participaram da experiência confirmaram mudanças positivas em seus colaboradores. Os resultados finais serão apresentados em abril.
Vários países europeus iniciaram testes-piloto para descobrir quais são os efeitos da semana de trabalho de quatro dias. Portugal é um dos que mais avançou e está a preparar um relatório baseado na análise dos efeitos em 1.000 trabalhadores que trabalham em 41 empresas de vários setores.
Conforme revelou o El País de Madrid na sua edição de sábado, dia 10, a redução da semana de trabalho provocou alterações positivas em 95% dos casos, segundo os empregadores. Foi detectada uma redução significativa na ansiedade, depressão e insônia; 85% dos participantes apresentaram alterações positivas em pelo menos um destes indicadores.
As principais mudanças na semana de trabalho de quatro dias
Há mudanças no cotidiano dos trabalhadores. Antes do ensaio, 27% dos participantes nunca praticavam atividade física, esse indicador foi reduzido para 14,5%. A dificuldade de conciliar trabalho e vida familiar foi uma resposta que caiu drasticamente de 48% para 8%.
Por outro lado, cresceu a satisfação com o local de trabalho, bem como a fidelização à empresa: quem recebia ofertas de emprego de outras empresas exigia, na maioria dos casos, um aumento salarial de 20%.
A adaptação das empresas foi positiva
Como resultado da mudança na semana de trabalho, as empresas utilizaram diversas estratégias que na maioria dos testes mantiveram ou melhoraram a produtividade, nomeadamente através da melhoria da saúde mental dos funcionários. Também foi tratado como uma forma de negociação salarial, confirmou o relatório preliminar.
O relatório final será apresentado em abril. Noutros países, como a Islândia, a Suécia ou o Japão, os resultados são semelhantes: melhorias na saúde mental e aumentos na produtividade, com desafios em questões como a cobertura ou os custos.
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