Moçambique.- O Ministro da Defesa português propõe uma missão militar da UE em Moçambique para aliviar a crise

01/01/1970 O presidente de Moçambique, Filipe Nyusi POLÍTICA ÁFRICA MOÇAMBIQUE INTERNACIONAL ISRAEL ZEFANIAS / ZUMA PRESS / CONTACTOPHOTO

BRUXELAS, 28 (EUROPA PRESS)

O ministro da Defesa de Portugal, João Cravinho, levantou esta quinta-feira a possibilidade de uma missão militar da União Europeia (UE) para aliviar a crise de segurança no norte de Moçambique, onde a atividade de grupos jihadistas ameaça desestabilizar toda a região.

Num discurso perante a Comissão de Defesa do Parlamento Europeu, o Ministro de Portugal, que exerce a presidência rotativa da UE, sublinhou que os Vinte e Sete desempenham um papel na mitigação da grave crise humanitária e de segurança que Moçambique atravessa. Para o efeito, o ministro dos Negócios Estrangeiros português, Augusto Santos Silva, deslocou-se na semana passada em nome da UE ao terreno para realizar as primeiras negociações com as autoridades de Maputo.

“Entendo que devemos utilizar toda a gama à disposição da UE (…) os militares terão de ser treinados para poderem responder à situação de segurança do seu país”, propôs Cravinho, a propósito do apoio da UE aos militares campanha implantada por Maputo na região de Cabo Delgado.

Sem querer revelar nada, Cravinho disse que os primeiros contactos apontam para uma possível missão de formação, na linha das que a UE tem no Mali, na Somália e na República Centro-Africana (RCA).

Portugal ocupa a presidência rotativa da UE desde janeiro e tem-se concentrado em aumentar a relação política com África. Para tal, Lisboa considera que as missões militares da UE no continente devem servir para promover a harmonia política com os países africanos. “As missões precisam de dar origem a uma verdadeira influência e diálogo com os actores africanos; no final, são eles que determinam a segurança e a defesa no seu próprio continente”, reiterou.

Por todas estas razões, Cravinho explicou aos eurodeputados que irá convidar líderes das principais organizações africanas para a reunião de ministros no terreno no próximo mês de Março, em Lisboa, como a União Africana (UA), a Comunidade Económica dos Estados Africanos (CEDEAO) ) ou a Autoridade Intergovernamental para o Desenvolvimento (IGAD).

VISITA AO CORNO DE ÁFRICA

Paralelamente à missão portuguesa em Moçambique, o ministro dos Negócios Estrangeiros finlandês, Pekka Haavisto, deslocar-se-á em nome da UE à região do Corno de África para investigar a situação a nível regional e prestará também especial atenção à crise na Etiópia. Região de Tigré.

De acordo com o despacho do Alto Representante para a Política Externa, Josep Borrell, o político finlandês irá em breve a terreno e informará a UE sobre a situação na reunião de ministros dos Negócios Estrangeiros no final de fevereiro, altura em que serão estudados possíveis novos passos. .

Darcy Franklin

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