Um revés que, além de ver Cristiano lamentar ao juntar os dedos para cima com claro sotaque italiano, indicava que a pressão começava a aumentar para os holandeses, muito agrupados na defesa. Assinaram apenas um remate contra os onze que os portugueses conseguiram.
Mas esse perigo português mal foi pressão. Os comandados de Fernando Santos diluíram-se num festival de remates desafinados nos minutos restantes antes do intervalo, de onde saíram impaciente.
Com os remates a aumentar e Cristiano a cabecear desesperadamente pelo insucesso, Guedes selou o tão esperado golo aos 60 minutos, um remate ao lado do guarda-redes que Cillessen, apesar de se ter lançado estendido, não conseguiu travar.
A Holanda, que tentou reagir empurrando para a área contrária, colidiu com Rui Patrício, que travou as tentativas de Memphis Depay, que, graças à sua altura, prevaleceu sobre Fonte e Semedo.
A saída do marcador do golo português aos 75 minutos, para a qual entrou Rafa Silva, deu um pouco mais de velocidade à chegada dos portugueses, embora a pontaria não tenha melhorado. Enquanto isso, o time laranja lutava para conseguir contra-ataques e superar a barreira de Patrício, que em mais de uma ocasião parecia intransponível.
A partida, sem atitudes iradas, só ficou tensa aos 83 minutos, quando os holandeses exigiram um pênalti que o árbitro não viu.
Enquanto isso, Cristiano continuava tentando. Sua nova melhor chance veio em cobrança de falta após cartão amarelo para Dumfries, mas o chute saiu torto. O tempo de compensação, três minutos de autêntica celebração em Do Drago, foram corridas perdidas para o capitão.
– Folha técnica:
1 – Portugal: Rui Patrício; Nelson Semedo, José Fonte, Ruben Dias e Raphael Guerreiro; Danilo, William Carvalho (Rben Neves, m.90) e Bruno Fernandes (João Moutinho, m.82); Bernardo Silva, Cristiano Ronaldo e Gonalo Guedes (Rafa Silva, m.75).
Treinador: Fernando Santos
0 – Holanda: Cillessen, Dumfries, van Dijk, De Ligt e Blind; De Jong, De Roon e Wijnaldum; Bergwijn (D. van de Beek, m.60), Babel (Promes, m.47) e Memphis.
Treinador: Ronald Koeman
Gols: 1-0, m.60: Gonalo Guedes.
Árbitro: Alberto Undiano Mallenco (ESP). Ele advertiu o holandês Dumfries aos 88 minutos.
Incidentes: final da primeira edição da Liga das Nações disputada no estádio Do Drago, no Porto.
Um gol solitário de Guedes deu o título ao atual campeão europeu
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