O concurso de beleza mais popular do mundo foi realizado novamente em El Salvador. Contamos as coisas positivas e negativas que ocorreram durante o concurso.
22 de novembro de 2023 – 15h46
El Salvador se encheu de esplendor e beleza quando o país sediou a 72ª edição do concurso de beleza Miss Universo. Foi na noite de 18 de novembro que Sheynnis Palacios, representante da Nicarágua, marcou história ao usar a coroa universal, do Ginásio Nacional José Adolfo Pineda, em San Salvador.
A escolha do jovem nicaraguense foi saudada pela maioria dos participantes do evento, bem como pelos internautas. E a jovem de 23 anos, antes mesmo de chegar ao território cuscatleco, era considerada uma das grandes favoritas ao título.
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Os outros 19 semifinalistas foram os candidatos da Espanha, Athenea Pérez; Porto Rico, Karla Guilfú; Namíbia, Jameela Uiras; Venezuela, Diana Carolina Silva; Índia, Sweta Sharda; Tailândia, Anntonia Porsild; Chile, Celeste Viel; Jamaica, Jordanne Lauren Levy; Estados Unidos, Noelia Voigt; Nepal Jane Dipika Garrett; Peru, Camila Escribens; Camarões, Issie Princesse; Colômbia, Camila Avella; Paquistão, Eria Robin; Austrália, Moraya Wilson; Filipinas, Michelle Marquez Dee; Portugal, Marina Machete; África do Sul, Bryoni Natalie Govender, e El Salvador, Isabella García-Manzo.
O fato do concurso Miss Universo ter retornado a El Salvador após 48 anos de ter sido realizado pela primeira vez neste território, gerou expectativas entre os telespectadores e participantes do evento.
Fizemos uma seleção do que há de bom e de ruim que saiu do concurso onde foi escolhida a mulher mais linda, inspiradora e empoderada do universo.
O POSITIVO
O nível dos candidatos
Segundo especialistas em concursos de beleza, nesta ocasião o bom nível das concorrentes surpreendeu. Segundo os “missologistas”, este ano houve excelentes candidatos que lutaram até ao fim. Eles não se destacaram apenas pela beleza, mas também pelo muito bom preparo. Muitos deles não conseguiram se classificar.
A inclusão
A 72ª edição do Miss Universo foi a mais inclusiva. Nesta ocasião participaram duas mães (Colômbia e Guatemala), duas mulheres transexuais (Holanda e Portugal) e uma menina plus size (Nepal).
A logística
Candidatos, imprensa e público presente no evento ficaram impressionados com a logística que existiu durante o concurso, que ficou a cargo de governantes. Por exemplo, os participantes foram mobilizados de forma ordenada e através de transporte público de um centro comercial para o local onde foram realizados os principais eventos. Da mesma forma, a imprensa teve hospedagem gratuita (na Vila Universitária), alimentação, internet e transporte.
Um evento de primeiro nível
Esta edição impressionou por oferecer um evento de primeira classe, que se reflectiu desde os passeios das “missas” em diferentes pontos de interesse do país até ao imponente recinto onde decorreu a gala final. Também ficou evidente no majestoso palco, composto por enormes telas e luzes de LED.
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A gentileza e hospitalidade dos salvadorenhos
Embora os candidatos tivessem pouco acesso ao público, ficaram impressionados com a gentileza e hospitalidade dos salvadorenhos. Muitos delegados destacaram estas e outras qualidades dos anfitriões.
A projeção do país para o mundo
O concurso foi uma janela aberta para o mundo, através da qual El Salvador mostrou suas belezas naturais, vários de seus pontos turísticos, a riqueza cultural e a cordialidade e hospitalidade dos salvadorenhos.
A coroação de um centro-americano
Outro aspecto positivo foi o fato de uma mulher centro-americana ter sido coroada em El Salvador. A vitória foi obtida pelo delegado da Nicarágua, Sheynnis Palacios.
Classificação de Salvador
Um fato importante e positivo foi a classificação da candidata salvadorenha Isabella García-Manzo, após 27 anos sem o país aparecer entre os finalistas.
Na história do Miss Universo, apenas quatro salvadorenhos tiveram esta homenagem, a primeira delas foi Maribel Arrieta, que em 1955 foi posicionada como Primeira Finalista; Depois classificaram entre as semifinalistas Carmen Elena Figueroa em 1975 Eleonora Carilloem 1995, e Milena Mayorga, em 1996.
Melhoria de espaços públicos e infraestrutura
Graças ao concurso, muitos espaços públicos foram intervencionados para melhorias. Exemplo disso foi o Centro Histórico de São Salvador, entre outros locais, que foi embelezado para a visita de turistas nacionais e estrangeiros e dos próprios candidatos. Várias estradas também foram reparadas.
Turismo aumentou
Durante os dias em que durou a competição, muitos turistas estrangeiros chegaram a El Salvador. Em vários locais de interesse foi frequente a presença de visitantes de outros países. Um dos lugares mais movimentados foi o Centro Histórico de San Salvador.
Ajuda de caridade
A renda arrecadada com o evento beneficente “The Charity Dinner” será destinada ao Hospital Infantil Benjamín Bloom.
O NEGATIVO
O alto custo dos ingressos
Muita gente reclamou do alto preço dos ingressos para curtir a gala final. Os preços para ver o espetáculo da eleição e da coroação ao vivo foram de US$ 2.000, US$ 1,00 e US$ 500.
Os internautas descreveram esses preços como “exorbitantes”.
As duras restrições à imprensa impostas pela Organização Miss Universo
Embora o governo de El Salvador tenha fornecido alojamento, alimentação, internet e transporte a membros da imprensa, vários deles denunciaram os “maus tratos” que receberam da Organização Miss Universo. Por exemplo, não lhes foi permitido o acesso a vários eventos e o tratamento por parte de alguns membros estrangeiros da referida entidade não foi dos mais cordiais.
O trânsito complicado
Um dos problemas que o concurso gerava, principalmente nos dias em que aconteciam os principais eventos, era o grande congestionamento de trânsito. E diversas ruas de San Salvador foram fechadas antes e durante as atividades. Isso causou descontentamento entre os motoristas.
Taxas para ver a competição preliminar e desfile nacional de fantasias
A Organização Miss Universo recebeu duras críticas por cobrar para assistir, por meio de uma plataforma, à transmissão ao vivo da competição preliminar e à apresentação dos trajes nacionais. Os usuários tiveram que pagar US$ 5 para ver cada evento. É a primeira vez que o Miss Universo faz esse tipo de cobrança. Nenhum outro concurso de beleza cobra para visualizar esses tipos de atividades online.
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