O contrato de concessão para exploração de lítio em Montalegre, Vila Real, entre o Estado e a Lusorecursos Portugal Lithium, causou polémica em 2019, por motivos que se pretendia incorporar pela empresa três dias antes da aquisição.
Porque este contrato foi aprovado por João Galamba, em 26 de março de 2019, quando era secretário de Estado da Energia, a equipa do então ministro do Ambiente João Pedro Matos Fernandes.
O Ministro das Infraestruturas, João Galamba, foi arguido constituído Esta terceira parte do Ministério Público não faz investigações relacionadas aos negócios verdes de lítio e hidrogênio.
O alerta de Rui Rio em 2019
Em 2019, o líder do PSD, Rui Rio, considerou que a negociação entre o Estado e a Lusorecursos cheirava “para esturro”.
“Esta empresa, que tem um capital social de 50 mil euros, foi constituída três dias antes da assinatura de um contrato de exploração que vincula o Estado por 20 anos (35 com renovação) e envolve um negócio potencial de cerca de 380 mil euros de euros. “, alertou por ocasião do grupo parlamentar do PSD.
O que Galamba disse no auge?
Dias depois, no programa Prós e Contras, da RTP, João Galamba afirmou que o Governo foi obrigado a dar uma concessão para a exploração de lítio em Montalegre à empresa Lusorecursos Portugal Lithium, obedecendo à lei em vigor.
Galamba explicou que a empresa assinou um contrato, em 2012, com o actual Governo liderado por Passos Coelho, que, após o período de prospecção e pesquisa, você pode exigir uma concessão.
“Qualquer Governo tem sempre de lidar com as decisões do Governo anterior”, defendeu o secretário de Estado. “Nós Somos obrigados a dar uma concessão [da exploração de lítio em Montalegre à Lusorecursos]”, acrecentou, referindo-se ao Decreto-Lei 88/90, que determina que “a empresa detentora de prospecção e pesquisa tem o direito de exigir a exploração”.
João Galamba esclarece ainda que a sua única responsabilidade nos gastos energéticos foi lançar um escritório, em março de 2019, para “garantir um enorme reforço do controlo ambiental (…) na fase de prospeção e pesquisa”.
Numa audição parlamentar, no dia 27 de Novembro, João Galamba disse que “teria cometido um crime” seria revertido ou despachado que aprovou a concessão de investigação e exploração de lítio em Montalegre, conforme solicitado.
“Não se pode interromper um processo administrativo que está nos nossos termos de lei, porque alguém diz que ‘está confuso’”, defendeu o governador.
E garante: “Não procuramos a Lusorecursos, não procuramos uma empresa que a Lusorecursos indique, limitamo-nos a reconfirmar os direitos que esta empresa adquiriu em 2012”.
João Galamba disse que este processo foi concluído em Janeiro de 2019 e, passados dois meses e após a confirmação de um jurista de que o contrato foi “escrupulosamente respeitado”, aprovou “apenas” a atribuição da concessão à Lusorecursos e aprovou a acta do contrato.
Também em audiência parlamentar no mesmo dia, o Ministro do Ambiente João Pedro Matos Fernandes disse que “só por estupidez ou por mais fé você pode usar o argumento dos jovens da empresa que assinou ou contratou”considerando “cristalino ou cumprimento da lei” na concessão de lítio em Montalegre.
“Insisto de facto que todos estes diplomas e contratos que atribuíam direitos serão todos no momento em que o PSD não estava no governo. Não para discordar deles, mas para ser absolutamente insidioso à campanha que o PSD tem feito em torno deste processo ,” ele declarou.
“O líder do PSD diz que o processo está cheirando a esturro. Só pode fazer uma sugestão. Que saiu o forno, pois o empadão de mentiras que inventou, feito de sobras dos jantares de sexta-feira à noite, esturricou”, apontou Matos Fernandes, outra crítica a Rui Rio.
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