António Horta Osório entende que Mário Centeno “faria um bom lugar” como primeiro-ministro.

Falando à margem da conferência “Future Banking”, organizada pelo Business, o antigo presidente executivo do Lloyds afirmou que “o cargo que Mário Centeno desempenhou como Ministro das Finanças, na presidência do Ecofin, é o prestígio internacional que o seu Governador do Temores do Banco de Portugal.” , dá todas as condições para conseguir um bom lugar já que tem uma maioria clara e é a nível parlamentar.

O economista afirma que a independência do Governador não pode ser colocada na causa da polémica em torno do convite de António Costa para liderar o Governo: “Nenhuma parte da opinião [de que a credibilidade de Centeno tenha sido afetada]“Não vejo que ponha em causa a independência do Governador”, considerou, defendendo que “Mário Centeno tem um profundo sentido de Estado. “Se uma pessoa como esta for abordada pelo primeiro-ministro, para perguntar sobre a eventual disponibilidade para trabalho adicional na função pública, equiparar esta situação não coloca na causa da sua independência”, acrescentou, sublinhando que a Comissão de Ética da o Banco de Portugal concluiu nesse sentido.

Horta Osório considera que “o que aconteceu na semana passada é muito grave”, e “obviamente estamos agora num quadro de grande instabilidade. Em primeiro lugar, não vamos ter um novo governo antes de pelo menos 5 meses”.

Lamento a sucessão de acontecimentos que começaram com as notícias de busca do Ministério Público e culminaram com a permanência do Governo, após a declaração que afirma que António Costa seria investigado. “As questões não podem deixar de ser levantadas e discutidas ao mais alto nível do país e da sociedade portuguesa. “Cai uma maioria. Temos uma sessão de instabilidade. “Quem é responsável?”, questionou, pedindo “uma reflexão profunda sobre este assunto”.