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O presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa, anunciou esta quinta-feira que vai dissolver o Parlamento e convocar eleições antecipadas para 10 de março de 2024.

Os principais partidos políticos portugueses começaram hoje a preparar-se para as eleições legislativas antecipadas, que se realizarão dentro de quatro meses e convocadas após a demissão do primeiro-ministro socialista António Costa, marcada por um escândalo de corrupção.

A corrida para suceder Costa à frente do Partido Socialista foi lançada ontem à noite, logo depois de o presidente português, Marcelo Rebelo de Sousa, dissolver o parlamento e convocar eleições para 10 de março.

O partido decidiu eleger um novo líder através de eleições internas diretas, marcadas para 15 e 16 de dezembro, antes de realizar um congresso nos dias 6 e 7 de janeiro, informou a agência de notícias AFP.

José Luis Carneiro, actual ministro da Administração Interna, foi o primeiro a anunciar a sua candidatura ao cargo de secretário-geral do Partido Socialista.

“Comuniquei a minha disponibilidade” para “preparar-me para ser candidato a primeiro-ministro”, declarou após a reunião do seu grupo.

Pedro Nuno Santos, líder da ala esquerda da força e aspirante à sucessão de Costa há meses, também deverá anunciar em breve a sua candidatura, segundo a comunicação social local.

Nuno Santos, antigo ministro das Infraestruturas, demitiu-se no final de dezembro devido ao seu envolvimento no escândalo “TAPgate”, na sequência de revelações sobre a indemnização por despedimento que um executivo da companhia aérea TAP recebeu, sob supervisão da sua pasta.

Por sua vez, o principal grupo de oposição afirmou que trabalha na campanha há meses.

“Fizemos muitos progressos”, afirmou à Lusa Pedro Duarte, coordenador do conselho estratégico nacional do Partido Social Democrata (PSD), que prevê reunir-se no sábado com o presidente do partido, Luís Montenegro.

Os responsáveis ​​pelos institutos de votação indicaram ao jornal Público que será pouco provável que algum partido obtenha a maioria absoluta nas eleições.

A última sondagem, publicada em outubro pelo instituto Aximage para a CNN Portugal, dava aos partidos de esquerda 40,9% das intenções de voto, e 44,3% para toda a direita.

Portugal entrou numa crise política após a inesperada demissão do primeiro-ministro António Costa, na terça-feira.

Costa, um dos poucos socialistas que esteve à frente de um Governo europeu, apresentou esta terça-feira a demissão depois de ter sido implicado num caso com suspeitas de “peculato, corrupção ativa e passiva de titulares de cargos políticos e tráfico de influências” na atribuição de concessões para a extração de lítio e a produção de hidrogénio verde.

A Procuradoria-Geral da República (PGR) do país informou que o estava investigando, assim como outros membros do seu governo.

Costa, no poder desde 2015, insiste que agiu sempre num quadro de legalidade.

Fonte Telam

Miranda Pearson

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