O presidente de Portugal, o conservador Marcelo Rebelo de Sousa, vetou a quarta versão do projeto de lei sobre morte medicamente assistida aprovado pelo Parlamento português. O presidente “decidiu devolver o texto à Assembleia da República, sem promulgação”, informou uma nota da Presidência portuguesa esta quarta-feira (19/04/2023).
Rebelo de Sousa, católico praticante, considera que é necessária uma maior precisão sobre as diferenças entre o suicídio assistido e a eutanásia e a supervisão do processo incluída na proposta.
O texto estabelece que pode-se recorrer à eutanásia quando o suicídio assistido for impossível devido à incapacidade física do paciente. “É importante esclarecer quem reconhece ou atesta tal impossibilidade”, afirma o presidente numa carta enviada ao Parlamento. “Por outro lado, é importante esclarecer quem deve supervisionar o suicídio assistido”, continua.
O texto foi aprovado em 31 de março na Assembleia com a oposição da maioria dos deputados do conservador Partido Social Democrata (PSD) – partido do qual Rebelo de Sousa faz parte -, do extrema-direita Chega e do Partido Comunista .
É a quarta vez que o Parlamento avança com uma proposta sobre a descriminalização da eutanásia, que foi anteriormente vetada pelo presidente e rejeitada pelo Tribunal Constitucional em duas ocasiões. (EFE)
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