Este conteúdo foi publicado em 5 de julho de 2023 – 12h31
Lisboa, 5 jul (EFE).- O Governo de Portugal pretende reforçar a saúde pública do país com a contratação de 300 médicos cubanos e já iniciou os procedimentos necessários, noticiou hoje o jornal português Jornal de Notícias.
Segundo este meio, o Ministério da Saúde pretende colmatar as deficiências do Serviço Nacional de Saúde (SNS) com a contratação de trezentos médicos de Cuba, que trabalhariam em Portugal por um período de três anos.
Além disso, o Governo presidido pelo socialista António Costa já iniciou os procedimentos para que estes profissionais ingressem no sistema público o mais rapidamente possível, tendo em conta as diversas etapas que os estrangeiros devem percorrer fora do território comunitário antes de serem considerados aptos, indianos.
Para serem habilitados, os médicos provenientes de países terceiros têm de se submeter a vários testes, não só de medicina, mas também de português, por exemplo.
Esta não é a primeira vez que Portugal utiliza sanitários cubanos, já que em 2009 acolheu 44 para reforço da rede pública nas regiões do Ribatejo (centro), Alentejo e Algarve (sul).
Questionadas pela EFE, fontes do Ministério da Saúde limitaram-se a salientar que a contratação de profissionais de saúde estrangeiros é “complementar e temporária” aos nacionais e visa “contribuir para a adequada dotação de recursos humanos e capacidade de resposta” do SNS .
Nesse sentido, “está em curso um trabalho conjunto entre o Ministério da Saúde e o Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior”.
Segundo dados disponibilizados pelo ministério, o sistema público português contava com 1.270 médicos estrangeiros em 2022.
A mídia local noticiou que o número total de profissionais estrangeiros inscritos na Faculdade de Médicos era de 4.503.
A notícia surge num dia em que os médicos portugueses iniciaram uma greve de dois dias para exigir melhorias salariais e laborais.
Caso não se chegue a acordo com o Ministério da Saúde, a Federação Nacional dos Médicos (FNAM), que convocou a greve, não descarta outra no início de agosto.
Isto poderá coincidir com a Jornada Mundial da Juventude, em que Lisboa deverá acolher um milhão de fiéis católicos de 1 a 6 do próximo mês.
A saúde é um dos setores que mais queixas teve no último ano, marcado por uma crise nas emergências, especialmente na maternidade e na obstetrícia, por falta de recursos. EFE
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