MADRI, 18 de setembro (EUROPA PRESS) –
A Federação Nacional dos Professores de Portugal (Fenprof) alertou esta segunda-feira que 92 mil alunos iniciaram o ano letivo sem um ou mais dos seus professores, uma “situação que se agravará” nas próximas semanas com desistências e reformas.
“O ano letivo começa mal” e será provavelmente “um dos piores”, afirmou o secretário-geral da Fenprof, Mário Nogueira, em conferência de imprensa, citado pelo jornal ‘Diário de Notícias’.
“Neste momento estimamos que mais de 92 mil alunos não tenham um ou mais professores”, explicou Nogueira, que se referiu às mais de 3.500 reformas previstas até ao final do ano e aos professores que “vão entrar em situação de licença médica”.
No passado sábado foram contratados 2.400 novos professores, mas isso “não resolveu os problemas”, segundo Nogueira, que citou o exemplo de uma escola de Lisboa que “tinha 25 turmas vazias e hoje tem 22”, tudo tendo em conta que essas três professores podem não aceitar o cargo devido aos baixos salários e ao alto custo de vida.
O líder da oposição, Luís Montenegro, do Partido Social Democrata (PSD) denunciou o Governo socialista pelos “quase 100 mil alunos” sem professores e pelo agravamento do défice docente ano após ano.
“O Governo abre hoje o ano letivo com o regresso de milhares e milhares de jovens às escolas e universidades. Temos quase 100 mil alunos que não têm professor em pelo menos uma disciplina”, afirmou Montenegro, de Torres Novas. “Este governo é uma perda de tempo”, sublinhou.
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