Lisboa, 30 de agosto (EFE).- O presidente da Liga Portuguesa, Pedro Proença, comentou o beijo dado a Jenni Hermoso por Luis Rubiales, suspenso provisoriamente pela FIFA como chefe da Real Federação Espanhola de Futebol (RFEF), que, como líderes , “tudo não é permitido”, nem mesmo “em momentos de êxtase”.

Num ato realizado esta quarta-feira, Proença evitou falar diretamente sobre o sucedido, uma vez que não conhece “todos os detalhes”, mas alertou a “nova geração de gestores” que “determinados atos” não podem ser praticados no momento da posse, segundo noticiado pela comunicação social portuguesa.

“Quando assumimos determinadas funções nas nossas vidas, temos que assumi-las com a capacidade de perceber que, em determinados casos e em determinadas funções, não podemos praticar determinados atos”, afirmou o antigo árbitro, citado pelo meio desportivo O Jogo.

Além disso, “acho que as pessoas deveriam tirar consequências do que fazem, mesmo em momentos de êxtase, mas acho que há momentos na vida em que você tem que perceber que quando você assume certas responsabilidades, você não tem permissão para fazer tudo”, concluiu.

Esta é, até ao momento, a única reação das principais organizações ligadas ao futebol português ao beijo de Rubiales a Jenni Hermoso após a vitória da Espanha no Mundial da Austrália e da Nova Zelândia.

A falta de uma posição oficial por parte da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) foi mesmo criticada por um dos partidos políticos portugueses, o animalista PAN, e a sua líder, Inês Sousa Real, relatou nas suas redes sociais que “tem questionado a posição do Governo relativamente ao caso e a desvalorização do mesmo pela FPF”.

A Federação Portuguesa “não pode fechar os olhos e descartar estes comportamentos”, escreveu.

Para já, a FPF, que não respondeu à EFE, limitou-se a comentar à agência Lusa que a proposta de candidatura ao Mundial entre Espanha, Portugal e Marrocos “é um projecto que está acima de qualquer pessoa ou posição”. . EFE

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