As altas temperaturas e os ventos fortes complicam os esforços de combate às chamas, que devastaram cerca de 6.700 hectares. Pouco antes do pôr do sol de segunda-feira, o céu sobre Odemira escureceu quando uma enorme nuvem de fumo encheu o ar.

O presidente da Câmara de Odemira, Helder Guerreiro, descreveu a situação como “crítico, difícil e complexo”enquanto o comandante da Proteção Civil, José Ribeiro, disse que há “muito trabalho” pela frente para controlar o incêndio florestal.

19 aldeias despejadas

Um total de 19 aldeias, quatro alojamentos turísticos e um parque de campismo foram evacuados Por cautela. Várias rodovias foram fechadas, disseram as autoridades.

Os países do sul da Europa, como Portugal, têm lidado com temperaturas recordes durante a alta temporada turística de verão, o que levou as autoridades a alertar sobre os riscos para a saúde.

Os cientistas afirmam que as ondas de calor estão a tornar-se mais frequentes, intensas e distribuídas entre as estações devido às alterações climáticas.

A agência meteorológica portuguesa IPMA colocou seis distritos do país, incluindo a capital, Lisboa, em alerta vermelho na segunda-feira pelo calor extremo até meia-noite.

As autoridades declararam mais de 120 municípios de Portugal em risco máximo de incêndios florestais.

“As condições meteorológicas que vamos viver nos próximos dias fazem com que qualquer pequeno acontecimento (incêndio) possa tornar-se num grande”, afirmou a secretária de Estado da Proteção Civil, Patrícia Gaspar, em conferência de imprensa.

Três distritos do norte de Portugal foram colocados em alerta vermelho na terça-feira, uma vez que se previa que as temperaturas chegassem aos 41 graus na cidade de Castelo Branco, no norte.