LISBOA, Portugal.- A cerimónia oficial de boas-vindas ao Primeiro Secretário do Comité Central do Partido Comunista e Presidente da República de Cuba, Miguel Díaz-Canel Bermúdez, realizou-se esta sexta-feira no bonito Jardim da Praça do Império. O forte e caloroso abraço do presidente português, Marcelo Rebelo de Sousa, foi o prelúdio deste primeiro dia de atividades em solo lusitano.
Homenagens a Cuba e ao seu povo em Portugal, ali mesmo onde se realizam as cerimónias mais importantes da vida política desta nação. Enquanto as notas dos hinos nacionais eram ouvidas, a Plaza del Imperio estremeceu com 21 saudações de artilharia.
Por toda a volta, a cidade continuava a bater, enquanto a marcialidade das tropas perfeitamente formadas para o desfile dos dois chefes de Estado ganhava grande simbolismo. Apesar do inevitável protocolo que caracterizou o momento, a cordialidade apreciada entre os dois dirigentes distinguiu o dia.
Terminado o desfile das tropas, o dignitário cubano, juntamente com a sua companheira Lis Cuesta Peraza e a delegação oficial, dirigiram-se ao Mosteiro dos Jerónimos, em frente ao qual se encontra o Jardim Plaza del Imperio. Ali prestaram homenagem ao escritor Luís Vaz de Camões, considerado o maior poeta da língua portuguesa.
Em frente ao túmulo onde repousam seus restos mortais, o presidente Díaz-Canel colocou uma oferenda de flores em nome de Cuba e de seu povo. Foi um momento de silêncio, de homenagem, de respeito de Cuba pela cultura e história portuguesas.
Este local, marcado por diferentes estilos arquitetónicos, é parte essencial da história de Portugal. Depois de um percurso impressionante por algumas das suas zonas, o Chefe de Estado assinou o livro de visitas, onde agradeceu “a bondade e sabedoria” de quem o acompanhou nesta visita.
“É um privilégio visitar este local histórico e cultural da humanidade, que é uma referência incontornável para quem visita a bela cidade de Lisboa. Tem sido uma grande oportunidade para apreciar a beleza e conservação de diferentes estilos arquitetónicos, que, em perfeita harmonia, evidenciam a riqueza cultural lusitana.
“Esta jóia de estilo manuelino alberga os restos mortais de filhos ilustres desta grande nação, através de cujas histórias de vida se conhece hoje parte da história da humanidade, incluindo a chamada ‘Era dos Descobrimentos’”.
Nos arredores do Mosteiro encontravam-se amigos de Cuba que ali tinham vindo apoiar o Presidente. A multidão foi ouvida dizendo: Cuba resiste ao imperialismo! Bravo para Cuba! Aqui, como em muitas outras partes do mundo, a ilha do Caribe também é amada.
HONRAS AO MARTÍ EM TERRA LUSITANA
“Acabe com o bloqueio! Cuba vai ganhar!” Essas frases, entoadas por amigos portugueses solidários com Cuba, deram as boas-vindas aos presidentes das Grandes Antilhas e da nação lusitana na Plaza de la Alegría, local muito frequentado por turistas e lisboetas, e onde é muito fácil sentir a boémia de a cidade de Lisboa.
Acompanhados de suas respectivas delegações, ambos inauguraram ali um busto de José Martí, diante do qual o Chefe de Estado cubano colocou uma coroa de flores. No meio da vida agitada que se pode observar no pequeno espaço que a Praça ocupa, ergue-se a escultura, doada pelo artista cubano Andrés González González.
Depois de homenagear o Herói Nacional de Cuba e cumprimentar os amigos que ali se reuniram, os dois dirigentes despediram-se com um grande abraço, culminando a sessão da tarde desta visita oficial que está a deixar muitas emoções.
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