Lisboa, 11 de junho Depois de décadas com uma presença tímida, o talento espanhol consolidou finalmente o seu lugar na tabela classificativa da Liga portuguesa, onde adquiriu maior protagonismo nesta época que agora termina.
Veteranos como Alejandro Grimaldo e Iván Marcano ou promessas como Abel Ruiz destacaram-se numa Liga que, apesar da proximidade entre os países, só agora começa a ter uma presença destacada dos seus vizinhos ibéricos.
A recente edição da Liga portuguesa resultou em 23 futebolistas espanhóis, a terceira maior nacionalidade na competição.
Ficaram atrás apenas dos portugueses (237) e dos brasileiros (116), embora a diferença seja menor em termos de gols, com 81 dos espanhóis contra 174 dos sul-americanos.
GOLS EM ESPANHOL
A maior contribuição para esse número coube ao valenciano Fran Navarro, que completou a segunda época ao serviço do Gil Vicente.
Apesar de a equipe ter passado da 5ª colocação na temporada anterior para a 13ª, Navarro melhorou seus números, com 21 gols, 17 deles na Liga, onde foi fundamental para o Gil escapar do rebaixamento.
Outra figura por detrás destes golos espanhóis marcados em Portugal foi Héctor Hernández, que chegou ao Desportivo de Chaves no Verão passado proveniente do Rayo Majadahonda.
O canário provou que estava à altura do desafio de passar da Terceira Divisão espanhola para a primeira divisão portuguesa, e os seus sete golos fizeram a diferença para o Chaves terminar em sétimo.
As lesões têm impedido o avançado de expandir a sua conta, mas conseguiu recuperar a titularidade nos últimos dias e desponta como um dos jogadores a ter em atenção em 2023/24.
ABEL RUIZ MOSTRA SUA MELHOR VERSÃO
Uma das equipas portuguesas que mais tem beneficiado dos talentos do país vizinho foi o Braga (3.º), que esta época viu como o valenciano Abel Ruiz deu a conhecer a sua melhor versão.
Ruiz, um atacante de 23 anos, começou a temporada como reserva, mas sua contribuição rapidamente o levou ao time titular.
O ex-barça fechou a campanha com 12 gols e sete assistências, a melhor marca da carreira.
JOVENS PROMESSAS…
No balneário de Ruiz estão os compatriotas Víctor Gómez e Álvaro Djaló, ambos de 23 anos.
Djaló, natural de Bilbau, é um dos muitos jovens promissores que florescem na Liga portuguesa, e tem-se distinguido por liderar a lista de assistências durante várias jornadas, apesar de ser suplente.
Por sua vez, Gómez, emprestado pelo Espanyol, assumiu o flanco direito da defesa e também deu cinco assistências no ataque.
Mas a distinção mais promissora vai para o médio do Famalicão, Iván Jaime, que iniciou a competição no seu terceiro ano.
O malaguenho de 22 anos marcou golos com classe, ajudou a construir o ataque e contribuiu para a defesa, colocando-o no radar de clubes como Porto e Sporting de Portugal.
… E VETERANOS
Esta temporada também deixou sorrisos a veteranos como o extremo valenciano Alejandro Grimaldo (Benfica) ou o defesa-central cantábrico Iván Marcano (Porto).
Em seu oitavo e último ano em Lisboa, Grimaldo, de 27 anos, teve uma de suas melhores temporadas sob o comando do técnico Roger Schmidt, saindo para o Bayer Leverkusen de Xabi Alonso após um legado de quatro títulos da liga com o Benfica.
Por seu turno, Marcano, de 35 anos, voltou à ação com os “dragões” após vários anos de lesões, e iniciou o percurso como titular, mas o mau arranque da equipa tem-no tirado de onze.
Meses depois voltou a ter opções devido à difícil adaptação do reforço David Carmo, e desde novembro tem jogado quase todos os minutos disponíveis.
Até escreveu o seu nome na história dos azuis e brancos, ao tornar-se no defesa do Porto com mais golos, 28. EFE
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