A Associação de Municípios Ribeirinhos das barragens de Entrepeñas e Buendía pediu ao presidente do PP de Castilla-La Mancha, Paco Núñez, “que ouça a ciência e garanta água para consumo humano”, e garantiu que “não é preciso mais pactos políticos para irrigar ainda mais o Levante”.

Por meio de comunicado, os ribeirinhos apontam que o PP regional “não pode prometer uma água que não existe nem existirá para satisfazer um setor que deve começar a assumir a realidade do cenário climático em que não atuamos”.

Neste fim de semana, Núñez garantiu que acredita “nos fundamentos do Plano Hidrológico Nacional e no caminho do Pacto Nacional pela Água, que é essencial para que a água chegue ao pecuarista e ao agricultor”.

Diante desse posicionamento, a associação acredita “que o único plano viável é cuidar da saúde do nosso rio e dos nossos reservatórios, garantir o consumo humano em tempos de seca, o desenvolvimento econômico de nossa região e o patrimônio de nossas crianças, que é a água”.

Lamentam que o Partido Popular “caia no populismo da água, ignorando coisas tão básicas como o ciclo da água e que o Tejo desagua no Atlântico, passando por Portugal; que tem tanto direito de usufruir de um rio saudável quanto nós e para isso se estabelecem vazões mínimas e não máximas”.

Ressaltam que a água “não é um bem comercial de uso, mas um patrimônio”, como diz a Diretiva Quadro da Água “que Paco Núñez parece desconhecer completamente”. Assim, preocupam-se com a corrente negacionista dos dois principais partidos de direita, “que acreditam que a água é um recurso mágico e infinito e que os rios são canos cuja água se perde no mar”.

Finalmente, consideram que “se Paco Núñez vai continuar com seu papel de defensor da irrigação do Levante, herdado de sua tutora María Dolores de Cospedal, é melhor que ele dê lugar a pessoas que realmente defendem nossa terra além dos critérios eleitorais ditados para eles de Gênova”.