A Presidência portuguesa anunciou há dias que Rebelo de Sousa pretendia apoiar Cristiano Ronaldo e o restante da seleção portuguesa nas partidas contra Gana, Uruguai e Coreia do Sul, demais seleções que compõem o grupo H da Copa do Mundo.

De acordo com a Constituição portuguesa, as viagens do presidente do país devem ser aprovadas pelo Parlamento. A Câmara dos Deputados deu luz verde à viagem, mas com verdadeiro debate já que vários partidos manifestaram a sua rejeição de viajar para o Qatar, um emirado onde os direitos humanos não são respeitados.

Eram os deputados da Iniciativa Liberal e do Bloco de esquerda que votou contra a saída de Rebelo de Sousa. Apoiado também pelo Partido Socialista. Alguns membros do Partido Social Democrata, do qual Rebelo de Sousa é filiado, abstiveram-se juntamente com os deputados de extrema-direita.

Rebelo pediu para “esquecer” a falta de direitos humanos

As declarações do presidente português a 18 de novembro apelando ao “esquecimento” da falta de direitos humanos no Qatar e pedindo ao país que “foque na seleção” geraram uma onda de críticas. “O Catar não respeita os direitos humanos. Toda a construção dos estádios e tal… mas enfim, vamos esquecer isso“disse o presidente na última sexta-feira.

Portugal estreia-se esta quinta-feira, dia 24, frente ao Gana e Rebelo não é o único português a deslocar-se ao Qatar. O primeiro-ministro, o socialista Antonio Costa, e o presidente da Assembleia Legislativa, o também socialista Augusto Santos Silva, planejam viajar ao Catar no dia 28 de novembro para o duelo contra o Uruguai e no dia 2 de dezembro para enfrentar a Coreia do Sul. .