O Instituto Nacional de Cancerologia (INCan) iniciou uma campanha na língua maia, com o objetivo de divulgar informações em nível nacional sobre prevenção e detecção oportuna do câncer entre comunidades vulneráveis.
O diretor geral do INCan, Abelardo Meneses García, enfatizou que não falar espanhol não deve representar uma barreira para o acesso oportuno aos serviços de diagnóstico e tratamento. Ele relatou que sete em cada dez pacientes com câncer são diagnosticados em estágios avançados da doença.
Portanto, em muitos casos, seu tratamento e diagnóstico oportuno são impedidos por barreiras de comunicação porque eles não falam espanhol.
Dados do Instituto Nacional de Estatística e Geografia (Inegi) indicam que para cada 100 pessoas de três anos ou mais que falam uma língua indígena, 12 não falam espanhol.
Segundo a Comissão Nacional de Arbitragem Médica, os falantes da Língua Maia no México totalizam cerca de 859.607, sendo as entidades onde ela é mais falada: Campeche, Quintana Roo e Yucatán.
Raio X de câncer no sudeste
Ele inegi relata que os estados do sudeste do país, como Quintana Roo, Campeche e Yucatán, têm taxas de mortalidade por câncer abaixo da média nacional.
Os números mais recentes indicam que em 2020 houve 1.086.743 mortes no país, das quais 8 por cento (90.603) foram devidas a tumores malignos causados pelo câncer.
A taxa de mortes por tumores malignos aumentou na última década, de 6,18 mortes por 10.000 pessoas em 2010 para 7,17 por 10.000 em 2020.
Os estados com as maiores taxas de óbitos por tumores malignos foram: Cidade do México, Sonora, Chihuahua, Morelos, Veracruz e Colima. Estes com taxas de 9,7 a 7,8 óbitos por 10.000 habitantes. Em contraste, os estados com as taxas mais baixas foram: Quintana Roo, Campeche, Guerrero, Querétaro, Yucatán e Durango, com taxas de 4,5 a 6,4 mortes por 10.000 habitantes.
Um minuto contra o câncer
Nesse contexto, o INCan anunciou a campanha nacional “Um minuto contra o câncer” em sua quinta edição, que será veiculada em maia e legendada em espanhol, com mensagens breves e contundentes para sensibilizar a população sobre a necessidade do diagnóstico dos tumores mais frequentes , como o câncer de mama.
O director-geral do INCan especificou que a campanha articula o atendimento comunitário com o atendimento altamente especializado para o tratamento oportuno de pessoas que vivem em zonas de difícil acesso. Indicou que as acções de prevenção dão frutos, contribuem para inverter a tendência e reduzir a mortalidade, os custos e a reinserção dos doentes na vida laboral e social. Ele explicou que por meio da campanha, que está disponível no facebook.com/1MinutoVsElCancer/. Além disso, será veiculado em televisão, rádio, imprensa, outdoors e redes sociais.
O presidente do Conselho Curador do INCan, Alejandro Legorreta González, destacou que, há 12 anos, esta entidade contribui com recursos para o instituto para o trabalho de assistência, ensino, pesquisa, prevenção e detecção do câncer. Ele disse que no estado de Yucatán uma em cada quatro pessoas fala maia, idioma também presente em Campeche e Quintana Roo, por isso deve-se aproveitar a oportunidade para que a mensagem preventiva chegue a essas entidades.
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