O grupo se caracterizava por seu estilo musical que mesclava gêneros como rock, pop, funk e música brasileira, criando assim um som único e cativante. No entanto, foi sua personalidade e senso de humor que realmente os destacaram. Suas letras sarcásticas e enérgica encenação cheia de brincadeiras os tornaram os favoritos do público.
Em 1995, Mamonas Assassinas lançou seu primeiro e único álbum de estúdio, intitulado “otários assassinos“. O álbum foi um sucesso retumbante e rapidamente alcançou o status de diamante, vendendo mais de 2 milhões de cópias. Músicas como “Pelados em Santos“, “robocop gay“, “vira-volta” e “Sabão Crá-Crá” se tornaram verdadeiros hinos e alcançaram grande repercussão nas rádios e canais de televisão.
Porém, quando a fama dos Mamonas Assassinas já ultrapassava as fronteiras do Brasil, essa meteórica carreira foi trágica e prematuramente interrompida.
Choque e luto: as causas do acidente
O fatídico acontecimento aconteceu na noite de sábado, 2 de março de 1996, quando a banda voltava para Guarulhos (São Paulo) após um show de sucesso em Brasília. O avião em que viajavam caiu na imponente Serra da Cantareira, matando todas as pessoas a bordo, incluindo os integrantes do grupo, o piloto, o copiloto, além de dois funcionários da banda e o segurança. segurança, que também era primo de Dinho, o vocalista.
Segundo relatos iniciais, uma manobra equivocada do piloto Jorge Germano Martins teria sido a causa do acidente. No entanto, à medida que a investigação avançava, outros elementos tornaram-se relevantes, incluindo as condições meteorológicas e o cansaço da tripulação.
Um desses elementos foi a inexperiência do copiloto, Alberto Takeda, que não dispunha de horas de voo suficientes naquele tipo e modelo de aeronave. Outro aspecto importante teria sido o esgotamento do piloto, conforme relatório final emitido pelas autoridades. Ali consta que Martins teria trabalhado uma extenuante jornada de trabalho, ultrapassando o limite máximo de horas de voo permitidas. No total, ele teria voado 16 horas e 30 minutos, enquanto o máximo permitido era de 11 horas.
Devido a este dia exaustivo, acredita-se que o cansaço tenha sido fator determinante para a manobra incorreta realizada pelo piloto, que culminou no acidente fatal: a torre de controle mandou que ele virasse à direita, mas Martins virou à esquerda. Apenas 50 segundos depois, a aeronave caiu, ceifando a vida de nove pessoas.
O sonho que antecipou a tragédia
A origem dessa teoria remonta a uma conversa entre Julio Rasec, tecladista do Mamonas Assassinas, e seu cabeleireiro e amigo, Nelson de Lima, na mesma data do acidente. Na gravação, Júlio começa a fazer piadas sobre as portuguesas (o grupo iria fazer uma turnê naquele país depois). Ele então acena para a câmera e “tchau, pessoal. Estou indo embora”.
Nesse momento, Nelson desejou-lhe boa viagem. No entanto, o músico refez seus passos e, diante da câmera, com uma expressão séria e coçando o pescoço, disse: “Não sei… Naquela noite sonhei com uma coisa… Parece que o avião caiu. Não sei. eu não sei o que isso significa“, disse.
Pouco antes, no documentário MTV na Estrada – Mamonas Assassinasum fragmento mostra o cantor Dinho em frente a um avião em que o grupo viajaria.
“Aquele avião quase caiu na selva amazônica porque quebrou o radar. Tenho boas e más notícias para você, que você vai voar conosco, cinegrafista. Qual você quer primeiro? A boa notícia é que eles consertaram. A má notícia é que quebrou de novo. Ah, e o combustível não vai de botijão para botijão”, disse aos risos.
“Amante da TV. Ninja da música. Fanático por viagens amador. Fã de bacon. Evangelista de comida amigável. Organizador freelance. Fanático certificado pelo twitter.”