Profissionais de circo e teatro físico da Andaluzia e do sul de Portugal participam durante este mês de maio em jornadas de encontro para aprofundar e investigar os possíveis pontos de convergência de ambas as disciplinas e trocar experiências. Com esta ideia, a Associação Andaluza de Circo (ACA), com o apoio do Ministério da Presidência, Interior, Diálogo Social e Simplificação Administrativa da Junta de Andaluzia, promove o projeto “Ibercirco, II Encontro Transfronteiriço de Profissionais de Circo em da Eurorregião Algarve-Alentejo-Andaluzia”.
Depois de uma primeira estadia de pesquisa e intercâmbio em La Nave del Espacio, no município de La Muela (Cádiz) de 8 a 11 de maio, o projeto segue para Faro (Algarve, Portugal) a partir da próxima segunda-feira, dia 22, até quinta-feira, dia 25 de maio.
O tema de pesquisa escolhido para esta segunda edição do Ibercirco é a dramaturgia. Assim, no quadro denominado ‘Ibercirco: dramaturgia e composição, instrumentos de criação do circo’, a organização convida os profissionais participantes a “derrubar todos os limites e fronteiras”. Os limites entre as disciplinas artísticas, mas também a fronteira geográfica entre o sul de Espanha e o sul de Portugal, propondo dois encontros entre profissionais de ambos os lados de “la Raya”.
Para celebrar esta segunda edição do Ibercirco, a Associação Andaluza de Circo (ACA) contou com a colaboração de La Nave del Espacio, Centro de Criação, Produção e Formação para as Artes Cênicas, Circo e Dança Contemporânea, localizado no distrito de La Muela (Vejer de la Frontera, Cádiz).
De 8 a 11 de maio reuniram-se neste local uma dezena de profissionais de circo e teatro físico, a que se juntaram também a companhia cádiz Arsalabrasa (presente na primeira edição do Ibercirco) e profissionais do Janela Aberta Teatro. Lá eles desfrutaram de quatro dias de oficinas dedicadas à magia, teatro gestual, dança e circo; a par de vários fóruns e visitas de prospecção (ao anfiteatro Zahora) para encontrar outros espaços de criação.
Entre as atividades realizadas durante esses dias na Nave del Espacio, destaca-se também um encontro com agentes culturais da província de Cádiz, no qual participaram cerca de trinta profissionais como dramaturgos, jornalistas culturais locais, gestores de outros espaços cênicos da região e profissionais de circo do entorno.
“O encontro tem sido muito satisfatório com descobertas artísticas inesperadas, o que não surpreende se você misturar magia, teatro gestual e dança junto com o circo. A camaradagem aliada à generosidade de compartilhar e aprender com humildade do outro, faz a criação e o debate não só fica sob a tela, mas também vai além, quase até a hora de dormir”, diz Yeyo Guerrero, presidente da Associação Andaluza de Circo, sobre esses quatro dias de convivência.
“Alguns fatores perfeitos se juntaram – continua Yeyo – para dar esse tipo de situação: artistas de diferentes especialidades, um espaço na natureza que já convida a voar e um clima primaveril magnífico para não esfriar no mecanismo da criação. é uma mostra que este ano demos um passo a mais no segundo encontro, não só porque o definimos mais, mas também porque a participação e a sinergia foram maiores, tanto em termos de artistas participantes, agentes culturais na inauguração e uma maior presença nos meios de comunicação. Notável. Ansioso para continuar com esta energia e aterrar em Faro para continuarmos a crescer juntos”.
A segunda edição do Ibercirco decorre de 22 a 25 de maio no concelho português de Faro. O coletivo Janela Aberta Teatro (JAT) coordenará as atividades durante a estadia de investigação em terras portuguesas, que incidirá sobre o que o teatro físico pode contribuir para o circo. Os profissionais do circo andaluz irão até lá para continuar a troca de experiências, incluindo o coletivo Arsalabrasa.
O programa de atividades em Portugal inclui dois workshops dinamizados pelo coletivo JAT, liderados por Diana Bernedo e Miguel Martins Pessoa. Essas oficinas vão girar em torno do teatro físico e do método Suzuki (estabelecer um diálogo entre atores e espectadores além de fronteiras e linguagens). Haverá também visitas técnicas a vários espaços de Faro (Teatro Lethes, gerido por uma associação de teatro local; Lama Teatro, precursor do festival Mochila e Teatro Das Figuras) e este ano, como novidade, deslocam-se também a Lagos para ver CCL, o centro cultural da localidade A ideia é ver em primeira mão como estes espaços são geridos no país português.
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