Um dos principais negócios da Ilunion é a hotelaria. Atualmente conta com 30 ativos em carteira distribuídos em 14 localidades diferentes, três das quais (Barcelona, Madrid e Valência) representam 43% do total. Apesar de a Espanha sempre ter sido o foco principal do grupo, e a melhor prova disso é que todos os hotéis estão no país, o salto internacional está sendo cogitado.
“O portfólio hoteleiro vai aumentar com certeza, como temos feito nos últimos anos. Estamos à procura de localizações. Como zona gostamos muito de Lisboa e Porto, se conseguirmos será a primeira vez que damos o salto fora da Espanha. Estamos procurando oportunidades para poder dar esse salto”, explica Alejandro Oñoro, CEO da Ilunion, ao elEconomista.es.
Outra aposta forte da Ilunion são as ilhas. Em meados de dezembro de 2022, o grupo abriu o seu primeiro hotel nas Ilhas Canárias, especificamente em Lanzarote. O Ilunion Costa Sal Lanzarote é um complexo de apartamentos, bungalows e villas. “A última que incorporamos é em Lanzarote porque não tínhamos presença nas ilhas. Tem uma ocupação média no ano perto dos 93%. Este ano gostaríamos de abrir mais alguma coisa nas ilhas se o encontrarmos . Acho que em 2023 vamos incorporar um ou mais dois novos hotéis”, aponta o gerente.
O crescimento do portfólio hoteleiro estará em linha com o crescimento do próprio negócio. “Por divisões, a hotelaria vai ser um dos setores que mais vai crescer em 2023. Só no primeiro trimestre já cresceu perto de 90% com mais dois hotéis. Em abril, só em hotéis, crescemos 36% e isso não é mais o efeito pós-Omicrom”, detalha.
Essa divisão é uma das mais importantes do grupo porque está diretamente relacionada às demais divisões, ou seja, seu crescimento impulsiona o das demais. “Temos muita actividade relacionada com o turismo. Por exemplo, em Espanha somos líderes na lavandaria industrial com 43 centros e alguns deles são apenas para roupa de hotel. Com isso, se o sector hoteleiro crescer, cresceremos como grupo “, diz o CEO da Ilunion.
Aumento de preço
A inflação não passou despercebida no setor hoteleiro e os principais grupos viram-se obrigados a aumentar os preços para fazer face aos elevados custos. Uma situação que não é estranha à Ilunion. “Somos mais um e estamos fazendo o mesmo que o setor. Por mais que nosso foco seja diferente, somos um grupo empresarial e temos que repassar os custos. Os aumentos de custos de energia que sofremos estão se multiplicando por dois”, detalha. o CEO da Ilunion.
Apesar do aumento de preços, Oñoro concorda com o restante do setor que não há impacto na demanda e não parece que isso acontecerá no curto ou longo prazo. “Registramos uma Páscoa recorde e um feriado bancário de maio. As reservas na Páscoa aumentaram 22% em relação a 2022. Olhando para o verão, é uma temporada que costuma correr muito bem”, prevê.
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