QUITO (Reuters) – O presidente do Equador, Rafael Correa, anunciou neste sábado uma visita ao Irã no próximo mês, na tentativa de estreitar os laços comerciais com aquele país, o que representa uma oportunidade de negócios para Quito, apesar das críticas que pode gerar na região.
A visita acontecerá a convite do presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, que, segundo Correa, o telefonou para parabenizá-lo pela vitória obtida no referendo de 28 de setembro para aprovar uma nova Constituição, que fortalece seus poderes e aumenta a presença do estado na economia.
“País que nos presenteia com amizade, colaboração, cooperação, intercâmbio mutuamente benéfico, um país com o qual vamos aprofundar as relações. Vou buscar o benefício de nosso país, como faria qualquer governo responsável do mundo”, disse o popular líder nacionalista em seu programa de rádio semanal.
O objetivo do Equador ao estreitar os laços comerciais com o Irã, que vem aumentando gradativamente seus laços com os governos sul-americanos de esquerda, é abrir mercados para seus produtos exportáveis, como bananas, flores e camarões.
Também buscará cooperação no setor de petróleo, especificamente em refino e tecnologia e financiamento.
Correa descartou as críticas que sua visita ao Irã poderia suscitar, afirmando que “não se importa com o que certos países dizem ou deixam de dizer, eles têm dois pesos e duas medidas”, sem especificar a quais nações se referia.
Ambos os países, membros da OPEP, não tiveram relações diplomáticas no passado. O Equador anunciou que abrirá uma embaixada no Irã e um escritório comercial.
O Irã, em desacordo com os Estados Unidos por causa de seu polêmico programa nuclear, tentou expandir sua ajuda à América do Sul, onde cortejou a Bolívia e a Venezuela, cujos governos o presidente equatoriano se identifica.
Por Alexandra Valência. Editado por Gabriel Burin
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