O projeto Inclusea de criação de um método de ensino e treino de surf adaptado vai apresentar o manual de boas práticas no final de junho para a instrução deste esporte em pessoas com algum tipo de deficiência física e/ou sensorial. É uma ferramenta desenvolvida nos últimos dois anos e testada por instrutores de escolas europeias de surf do concelho de Ribamontán al Mar através de várias ações.
Prevê-se a publicação deste guia de boas práticas no final de junho, que será traduzido para cinco idiomas e está atualmente em fase de layout com incorporando informações e imagens de mais de dois anos de trabalho, incluindo as conclusões do evento no final de abril. Federações, escolas, clubes, associações de surf de toda a Europa e todas as pessoas interessadas em instrução e prática adaptados deste desporto poderão aceder ao manual no site do projeto Inclusea e no portal da Comissão Europeia.
Além disso, estas boas práticas geradas na Cantábria em torno do ensino do surf adaptado serão transferidas este ano para países como França, Portugal, Alemanha, Itália, Espanha e Irlanda. Será através do desenvolvimento da iniciativa bluesurfestum projeto europeu Erasmus+ Sport que dá continuidade a até e que permitirá a extensão e implementação desta ferramenta nesses países.
Também facilitará que o método de surf adaptado criado continue testando em novos locais de agosto a novembro.
INICIATIVAS DESENVOLVIDAS
A última das iniciativas levadas a cabo para desenvolver este guia de boas práticas decorreu de 27 a 30 de abril durante a celebração do Cimeira Internacional de Surf Adaptado Inclusea no município de Ribamontán al Marespecificamente, nas praias de Somo e no teatro municipal de Galizano.
Mais de 200 pessoas já participaram neste encontro, entre surfistas, treinadores, organizações e representantes dos promotores de atéentre eles o Vice-presidente e Conselheiro para a Igualdade e Desporto, Pablo Zuloaga, dado que o Governo da Cantábria lidera o projeto, através da Sociedade Educativa RegionalCultura e Esporte.
Esses mais de 200 participantes vieram de países como França, Alemanha, Irlanda, Itália, Holanda, Portugal, Espanha e Suíça e entre as vinte organizações presentes Os parceiros do programa também estiveram presentes.
Eles são a Câmara Municipal de Ribamontán al Mar, Federação Cantábrica de Surf, Clube de Surf de Viana (Portugal), Universidade de Trás-Os-Montes e Alto Dourno (Portugal)a Handi Surf Association (França), a Fundação Liquid Therapy (Irlanda) e Deutscher Wellenreit Verband (Alemanha).
Uma das principais conclusões deste evento foi que o método funciona, como puderam comprovar tanto os instrutores como os voluntários a quem se dirige este manual. Ao mesmo tempo, surfistas adaptados com diferentes deficiências Quem já experimentou estas práticas manifestou a sua satisfação e interesse pelo formato e pela forma de o ensinar, mas, sobretudo, por ter podido praticar este desporto.
Na cimeira Inclusea, que acolheu, entre outras atividades, conferências, sessões de grupo e 21 oradores, 52 pessoas com deficiência física e/ou sensorial realizada 17 horas prática de surf adaptado com o apoio e aconselhamento de 45 instrutores e treinadores e do Federação Cantábrica de Surf e com a colaboração de 81 voluntários. A isto juntaram-se também actividades como projecção de filmes, concertos e actividades desportivas, como skate ou lâminas adaptadas e acessíveis aos participantes.
Eles também participaram do Conheço a seleção espanhola, que se concentrou em Somo durante o cume, e vários competidores europeus na Copa do Mundo. Foi também o primeiro evento europeu fora das competições que liga surfistas, treinadores e organizações de toda a Europa para lhes fornecer uma nova ferramenta que facilite o ensino do surf adaptado.
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