28 de março de 2023 (16h32)
O vice-presidente da Junta de Castilla y León, Juan García-Gallardo, presidiu hoje no Parador Nacional Palacio Ducal de Lerma a cerimónia de entrega dos XIX Zarcillo Awards 2023, os principais prémios ibéricos relacionados com o vinho. Organizado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural, esta edição dos Prêmios Zarcillo contou com a participação de mais de 1.400 referências correspondentes a denominações de origem de todo o mundo.
No encerramento da cerimónia, que contou com a presença de quase duzentos convidados, o vice-presidente qualificou o vinho como “fundamental”, não só pelo desenvolvimento económico que permite, mas também “por ser um elemento de identidade de Castilla e Leão”. Na opinião de Juan García-Gallardo, o sucesso das diferentes Denominações de Origem da Comunidade “não é fruto do acaso, mas de tantos anos de trabalho”. “Estamos muito orgulhosos”, assegurou.
Logo a seguir, García-Gallardo insistiu que “não há empresa mais bonita do que dar continuidade à nossa tradição”, algo que defendeu dada a presença abundante da empresa familiar no setor vitivinícola. “Você mostra que é um elemento da tradição, mas também da inovação da tradição, de uma técnica aprendida”, declarou.
Como novidade, esta edição dos Prémios Zarcillo incorporou o Zarcillo de Honor, com o objetivo de premiar aquelas personalidades, instituições ou empresas que tenham contribuído para o desenvolvimento e consolidação do setor vitivinícola castelhano e leonês, promovendo assim que esta atividade se torne na determinação de Castilla y León. José Antonio Fernández Escudero e Domingo Carlos González Huerta; Vinícolas Protos; Ricardo Pérez Palacios e César Márquez Pérez; Peter Sisseck; e, postumamente, a Javier Zaccagnini e César Muñoz, foram os nomes próprios destes primeiros Zarcillo de Honor.
García-Gallardo, a esse respeito, destacou a importância de “homenagear os idosos”. “Podem ficar muito orgulhosos” do legado recebido, apontou o vice-presidente aos herdeiros dos homenageados.
Da mesma forma, o vice-presidente reconheceu o trabalho de viticultores, enólogos e sommeliers; de profissionais do mundo do vinho, especialistas e críticos “que ajudam a divulgar a bondade dos vinhos desta terra”. “Sem vocês não seria possível”, garantiu. “Castilla y León tem os melhores vinhos do mundo e pude defendê-la no Vale do Silício há poucos dias. E é graças a vocês”, acertou.
O ato contou com a presença do Ministro da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural, Gerardo Dueñas; o vice-conselheiro, Juan Pedro Medina; o diretor da Itacyl, Rafael Sáez; entre outros altos funcionários da Junta, foi apresentado pelo mágico Jorge Blas e teve a atuação musical de Pablo Navarro. Cerca de 200 convidados, entre autoridades, vencedores, membros do júri e representantes de denominações de origem, lotaram o claustro do Parador Nacional Palácio Ducal de Lerma.
A XIX edição dos Prêmios Zarcillo com mais de 1.400 vinhos
O total de amostras recebidas para esta edição ascende a 1.451 vinhos, dos quais 1.093 são provenientes de Espanha e 358 são estrangeiros. Em suma, um quarto das amostras provém de outros países, entre os quais se destaca a participação de Portugal, com 244 amostras. Os países participantes desta edição foram a Alemanha, como país convidado; Argentina; Austrália; Brasil; Pimenta; Croácia; Espanha; França; Itália; Portugal; Romênia; e Venezuela.
A categoria com maior participação corresponde aos vinhos tintos, com 791 amostras, seguindo-se os vinhos brancos, com 425 amostras, e os rosés, com 112 amostras. Os restantes vinhos dividem-se noutras categorias, destacando-se os vinhos licorosos com 49 amostras e os espumantes com 50 amostras.
Por comunidades, destaca-se a participação de Castilla y León, com 665 vinhos, seguido de Castilla-La Mancha com 127 referências, La Rioja, com 67, e Andalucía, com 60 amostras.
O júri dos Prémios Zarcillo 2023 foi constituído por 90 provadores, 52 nacionais e 38 internacionais, provenientes de 22 países, entre os quais se destaca a presença de quatro Master of Wine: Pedro Ballesteros, Almudena Alberca, Janek Schumann (Alemanha) e Pietro Russian ( Itália). Sommeliers, jornalistas especializados, enólogos, influenciadores, técnicos da DOP de Castilla y León, da Universidade e das instituições também compuseram o júri.
Confirmação como Grandes Gavinhas Douradas 18 vinhos
Após a prova final, dos 28 vinhos com pontuação igual ou superior a 93, 18 foram confirmados como Grandes Zarcillos de Oro. Destes vinhos, 13 são de Espanha e cinco de outros países: quatro de Portugal e um da Austrália. Da Espanha, dez são de Castilla y León: cinco vinhos da DO Ribera del Duero; dois da DO Toro; dois de DO Rueda; e um vinho do IGP CyL. Além disso, há um da Andaluzia, do DO Montilla-Moriles; um de Madrid (DO Madrid); e um de La Rioja (DOCa Rioja).
O Prémio VinoFed, que é atribuído ao vinho que obteve a pontuação mais alta entre todos os provados, correspondeu ao ADAMÁ 2005 da Bodega Adamá, da Denominação de Origem Ribera del Duero, com uma classificação de 98 pontos em 100 que, ao ser um vinho Castilla y León, merece também a Menção Especial Castilla y León.
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