A harmonia entre Governos de Espanha e Portugal será reforçada a partir desta terça-feira na ilha de Lanzarote, onde a Espanha acolhe a 34ª cimeira bilateral. O local escolhido é simbólico, já que ambos os estados possuem territórios insulares no Atlântico, e ambos querem se apresentar como pontes na relação entre a América e a Europa. Assim, a relação com os países da América Latina será um dos principais temas da cúpula, que acontece menos de 4 meses após a Espanha assumir a presidência rotativa do Conselho da União Européia.
Justamente a complexa agenda que a Moncloa administra para o segundo semestre motivou a antecipação da cúpula, que costuma ser anual. Neste caso, há pouco mais de quatro meses o último bilateral em Viana do Castelo (Portugal). Apesar de a última reunião entre governos ser muito recente, do Executivo espanhol comentam que a cimeira será ambiciosa em termos de número de acordos a serem assinadosprincipalmente em questões de cooperação transfronteiriça.
Sánchez, acompanhado de dois vice-presidentes e sete ministros
Pedro Sánchez viaja a Lanzarote junto com o segundo vice-presidente, Yolanda Diazo terceiro vice-presidente, Teresa Riberae os Ministros das Relações Exteriores, Justiça, Transportes, Educação, Cultura, Saúde e Universidades.
Esta terça-feira, encontram-se com os seus homólogos portugueses para jantar no Castillo de San José, depois da visita dos presidentes dos dois governos à Casa-Museu José Saramago. O Prêmio Nobel escolheu as Ilhas Canárias para viver a última etapa de sua vida com sua esposa, a espanhola Pilar del Río, e, para Moncloa, a localização do cume não poderia ser mais simbólica.
Esta quarta-feira, ambas as delegações reúnem-se logo pela manhã nos Jameos del Agua, onde decorrerão os encontros bilaterais entre Pedro Sánchez e António Costa e os ministros com os seus homólogos. Posteriormente, ambas as delegações realizarão uma reunião plenária e posteriormente os primeiros-ministros comparecerão à imprensa.
Moncloa confia que Portugal apoiará a presidência espanhola
Pedro Sánchez aproveitará o encontro com o socialista Costa para apresentar os objetivos espanhóis do semestre europeu da presidência. Em Moncloa não há dúvida de que a Espanha terá o apoio de Portugal, tal como aconteceu, em sentido inverso, durante a presidência portuguesa.
A boa relação entre os dois países, que se verificou, segundo Moncloa, na negociação da chamada ‘exceção ibérica’, servirá também para que a declaração conjunta da cimeira reflita o compromisso de avançar em Celorico da Beira troço (Portugal)-Zamora, que faz parte do Corredor de hidrogênio H2Med.
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