Lisboa, 26 fev. 61% dos portugueses votariam a favor da eutanásia se a descriminalização da morte medicamente assistida fosse submetida a referendo, de acordo com uma sondagem divulgada este domingo pela comunicação social portuguesa.
17% votariam contra, 9% não votariam e 13% não sabem que opção escolheriam, segundo um inquérito feito pela consultora Aximage após entrevistar 807 pessoas para os jornais portugueses Diário de Notícias e Jornal de Negócios. e rádio TSF.
Dos que votariam a favor, destacam-se os mais jovens, entre os 18 e os 34 anos, que representam 70%, enquanto entre os inquiridos com mais de 65 anos o número cai para 48%.
Sobre a posição do presidente português, o conservador Marcelo Rebelo de Sousa – que já vetou a lei uma vez e a encaminhou ao Tribunal Constitucional em duas ocasiões – 41% acredita que esta legislatura a aprovará.
Por outro lado, 31% estão convencidos do contrário e 28% não sabem.
O debate sobre a eutanásia está instalado nas instituições de Portugal desde 2018 e o Parlamento já aprovou a sua descriminalização até três vezes, mas ainda não conseguiu avançar.
Rebelo de Sousa, católico praticante, por duas vezes remeteu a lei ao Tribunal Constitucional para revisão e na outra vez vetou-a directamente, entendendo que não especificava claramente as razões pelas quais a morte medicamente assistida poderia ser pedida.
A última vez que o projeto foi rechaçado foi em 30 de janeiro, quando o Tribunal Constitucional português considerou que alguns pontos da norma conflitavam com a lei fundamental do país. EFE
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