Espanha e Portugal iniciaram esta quinta-feira a caminhada pela Liga das Nações com um empate a uma bola que marcou o placar no estádio Benito Villamarín, em Sevilha, onde o resultado deixou a seleção portuguesa mais feliz, que viu como saiu o empate na reta final do jogo depois do 1-0 que Álvaro Morata colocou na primeira parte.
A La Roja, depois desse 1-0, não soube ampliar a vantagem e dedicou-se mais a controlar a situação frente a um rival que não se preocupou muito mas que teve a perseverança de tentar até Ricardo Horta encontrar a recompensa.
Agora os comandados de Luis Enrique terão seu próximo encontro no domingo em Praga contra a República Tcheca, enquanto os comandados de Fernando Santos se enfrentarão em casa contra a Suíça no segundo dia do torneio e com tudo ainda a ser decidido.
Ele concentrou as duas equipes que estão nas previsões como favoritas para disputar no estádio do Bétis a passagem para a próxima fase da terceira edição do torneio, depois que a primeira foi vencida pelos portugueses e na seguinte os hispânicos foram vice-campeões -acima
Luis Enrique não contou com três jogadores para esta partida que inicialmente chamou para a convocação, Aymeric Laporte, Eric García e Thiago Alcántara, todos com várias doenças.
Na defesa, usou o zagueiro Diego Llorente, do Leeds, que substituiu Laporte na convocação, e também César Azpilicueta, do Chelsea, enquanto o jogador do Real Madrid Dani Carvajal, que chegou após ser campeão da Liga dos Campeões no último sábado, esperou por sua oportunidade no banco.
No centro do campo optou pelo jovem jogador do Barcelona Gavi com o atlético Koke Resurrection à espera de uma oportunidade, e o avançado voltou a ser comandado por Álvaro Morata escoltado por Ferrán Torres e Pablo Sarabia.
Mais surpreendente foi a decisão do treinador português, Fernando Santos, que deixou o grande craque português, o ponta-de-lança Cristiano Ronaldo, do onze titular, e voltou também a escolher, como nos últimos encontros, o portuense Diogo Costa para o golo ao detrimento de Rui Patrício, que na última década teve hegemonia no gol.
Fernando Santos já alertava no dia anterior que uma das virtudes do seu rival não era só a capacidade de ter a bola, mas também saber recuperá-la, e essa luta foi levantada desde o início com o trabalho de jogadores como Bruno Fernandes, João Moutinho ou Octavio Monteiro.
Antes deles, o capitão dos locais, Sergio Busquets, tentou se desdobrar no trabalho, mas a Espanha teve dificuldade em encontrar os homens de cima e seus rivais não se intimidaram em procurar o gol de Unai Simón, como fizeram após o primeiro quarto de hora Rafael Leão com um chute alto.
Esse início ofensivo dos visitantes fez com que Gavi, um dos mais ativos de sua equipe, recuperasse uma bola para montar um rápido contra-ataque com um passe profundo que chegou a Pablo Sarabia para ele dar a Morata, que definiu bem.
O golo, que saiu antes de decorrida meia hora, mudou o rumo do jogo porque obrigou Portugal a avançar metros na sua pressão para tentar não deixar o adversário tonto com o movimento da bola.
Carlos Soler, pouco depois do golo, encontrou Diogo Costa para evitar o segundo, mas a réplica dos recursos de Portugal foi ensinada pelo ex-jogador do Sevilha André Silva, agora no alemão Leipzig, que falhou a bola demasiado cruzada.
Com essas alternativas, o jogo foi para o descanso e também com a impressão de que ainda havia muito a ser disputado entre duas equipes que perceberam que não vinham cobrir o arquivo e querendo dizer coisas no final da temporada apertada.
Portugal saiu no segundo tempo com a intenção de jogar um jogo mais direto e agora a Espanha teve que mostrar seus recursos defensivos, como Unai Simón mostrou um quarto de hora após o reinício em uma ação clara novamente por Rafael Leão.
Pouco depois, Cristiano Ronaldo e o valenciano Gonçalo Guedes entraram em campo para que a potência do ataque fosse maior na última meia hora, ao que Luis Enrique respondeu com a presença em campo de Koke e Dani Olmo.
Estas trocas de peças pareceram mais adequadas à Espanha, que, sem dominar, controlou a situação e deixou os minutos passarem sem grandes acontecimentos, mas aos 82 minutos desta ocasião o contra-ataque veio do lado português e Ricardo concluiu com muita facilidade. Horta, que tinha saído de campo pouco antes.
Lá La Roja teve que mudar sua dinâmica e pressionou novamente por aquele salvador tanto que lhe deu a vitória, que ele teve em uma cabeçada de Jordi Alba aos 87 minutos, mas pouco mais.
– Ficha de dados:
1 – Espanha: Unai Simon; Azpilicueta, Diego Llorente, Pau Torres, Jordi Alba; Busquets, Gavi (Marcos Llorente, m.81), Carlos Soler (Koke, m.63); Pablo Sarabia, Ferrán Torres (Dani Olmo, m.63) e Álvaro Morata (Raúl de Tomás, m.70).
1 – Portugal: Diogo Costa; João Cancelo, Pepe, Danilo, Guerreiro; Bruno Fernandes (Matheus Nunes, m.82), João Moutinho (Rubén Neves, m.46), Otávio (Cristiano Ronaldo, m.62); Rafael Leão (Ricardo Horta, m.72), André Silva (Gonçalo Guedes, m.62) e Bernardo Silva.
Gols: 1-0, M.25: Morata. 1-1, M.82: Ricardo Horta.
Árbitro: Michael Oliver (ING). Ele advertiu os cariocas Sarabia (m.37), Diego Llorente (m.72) e Busquets (m.92) e os visitantes Moutinho (m.38), Bernardo Silva (m.39), Matheus Nunes (m.84) , Guerreiro (m.89) e Pepe (m.93).
Incidentes: Jogo do primeiro dia do grupo A2 da Liga das Nações disputado no estádio Benito Villamarín, em Sevilha, diante de 41.236 espectadores.
Antonio Gutiérrez
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