Editorial desportiva, 16 nov (EFE).- Os golos de Cristiano Ronaldo e João Cancelo na segunda parte desbloquearam esta quinta-feira uma noite que se revelou atípica para Portugal frente ao modesto Liechtenstein, cuja muralha defensiva foi um quebra-cabeças para um pouco inspirado português equipe (0-2).
O rolo compressor da equipa de Roberto Martínez ficou em Lisboa e não chegou a Vaduz, capital do pequeno principado, que recebeu um Portugal com todos os objectivos alcançados e de olhos postos na Eurocopa de 2024, competição para a qual demonstrou que ainda precisa resolver arestas.
O treinador espanhol, apesar de ter dado minutos a alguns dos jogadores menos utilizados (o guarda-redes José Sá ou o defesa-central Toti Gomes, por exemplo), interpretou o jogo frente a uma equipa hiperdefensiva como um teste perfeito para a sua equipa antes do torneio. e não dispensou nomes como Cristiano ou Félix no onze.
A defesa muito apertada do Liechtenstein colocou os portugueses em apuros no primeiro jogo e a situação repetiu-se oito meses depois.
O enorme engarrafamento do lado do Liechtenstein prendeu Cristiano e a primeira oportunidade perigosa, um remate de longa distância de Rúben Neves – que foi defendido com sucesso pelo guarda-redes Büchel – só surgiu aos 13 minutos.
Além de um adversário sobrecarregado na defesa, Portugal também sofreu com a sua própria lentidão e letargia.
A tentativa de chute de bicicleta de Cristiano Ronaldo – que lembrou seu icônico gol em Turim pelo Real Madrid em 2018 – acordou a torcida em Vaduz, mas foi com um inesperado empate em 0 a 0 que os jogadores foram para o intervalo.
A equipa das quinas regressou a campo com vontade de reverter a situação inusitada e poucos segundos após o recomeço Cristiano mandou a bola para o poste.
E aos 47 minutos, Golias derrubou David. Num ataque rápido, o calcanhar blaugrana Félix deu a bola para Jota, que passou para Cristiano pela esquerda para que o capitão, de ângulo difícil, marcasse o primeiro.
Foi o décimo gol marcado nesta fase de qualificação pelo CR7, que empatou o belga Romelu Lukaku no topo da tabela de pontuação.
O segundo golo português surgiu 10 minutos depois, e tudo começou com uma entrada mal calculada de Büchel para tentar travar João Cancelo na ala direita. O jogador do Barça driblou com calma o goleiro do Liechtenstein e, paralelo ao gol, mandou para o fundo da rede.
A seguir, a equipa da casa esteve prestes a marcar, quando Salanovic escapou em contra-ataque, mas José Sá, na noite de estreia e até então mero espectador, impediu o golo.
Tanto João Félix como Gonçalo Ramos procuraram o terceiro, mas ambas as tentativas foram anuladas por impedimento.
Apesar de não ter sido convincente, Portugal alcançou a nona vitória consecutiva num jogo que dará uma pausa a Roberto Martínez.
A seleção portuguesa regressa agora a Lisboa, onde no domingo encerrará com sucesso a pré-eliminatória frente à Islândia.
– Ficha de dados:
0 – Liechtenstein: Büchel; Malin, Wieser, Traber; Beck (Kranz, min.64), Lüchinger (Meier, min.45), Büchel, Sele (Hofer, min.77), Göppel; Hasler (Ospelt, min.64) e Salanovic (Martin Marxer, min.91).
2 – Portugal: José Sá; António Silva, Rúben Neves, Toti Gomes; João Cancelo (João Mário, min.88), Bruno Fernandes (Vitinha, min.68), João Félix (João Neves, min.87), Bernardo Silva (Ricardo Horta, min.60), Diogo Jota; Cristiano Ronaldo (Bruma, min.67) e Gonçalo Ramos.
Gols: 0-1, min.47: Cristiano; 0-2, min.57: Cancelar.
Árbitro: Mohammed Al-Hakim (SUE). Mostrou cartão amarelo para Lüchinger do Liechtenstein e para Jota de Portugal.
Incidentes: Jogo de qualificação para o Campeonato Alemão Euro 2024, disputado no Estádio Rheinpark, em Vaduz (Liechtenstein). EFE
(c) Agência EFE
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