Um atacante com pouca filmagem

24/09/2022 às 23:23

Husa


Marco Asensio jogou mais minutos contra a Suíça do que acumulou no Real Madrid até agora nesta temporada

O principal atacante de Luis Enrique, Álvaro Morata, assistiu todo o jogo do banco

Luis Enrique surpreendeu deixando seu atacante de referência, Álvaro Morata, no banco. Ele nem mesmo puxou o homem de Madrid quando o jogo ficou complicado. Preferiu o estreante Borja Iglesias. E a realidade é que a Espanha sentiu falta do atacante do Atlético, principalmente no uma primeira parte que a equipe espanhola resolveu sem um único chute entre as três varas.

A Espanha não tinha ritmo na linha ofensiva. E não é surpreendente se considerarmos que o hat-trick ofensivo foi composto por três futebolistas que não são titulares nas respectivas equipas. O homem escolhido para substituir Morata, Marco Asensio, teve ainda menos minutos acumulados no Real Madrid -47 em quatro jogos- do que os que disputou ontem. Ferran Torres também foi rebaixado para a substituição no Barça com a chegada de Rapinha e o surgimento de Dembélé. E o que dizer de Pablo Sarabia, que no PSG tem nada mais e nada menos que Neymar, Messi e Mbappé pela frente. Total que essa falta de filmagem foi notada no gramado de La Romareda contra uma Suíça muito bem armada defensivamente. Mesmo assim, Asensio invadiu o início do segundo tempo com uma jogada individual em que rompeu as linhas suíças para servir o gol de Jordi Alba.

Não foi o suficiente e Luis Enrique decidiu agitar a equipa com um novo hat-trick ofensivo. E nem com três mudanças apareceu Morata. Junto com o estreante Borja Iglesias apareceram Yéremy Pino e o outro estreante, Nico Williams. Três perfis muito diferentes daqueles que começaram a partida procurando abrir o campo e forçar um contra um por bandas.

Morata viu do banco. Talvez guardando forças para o que será a grande final desta fase de grupos na próxima terça-feira em Portugal. Sempre discutido e visto com uma lupa, o madrileno desponta como a grande esperança da Espanha para acabar com as dúvidas ofensivas que sempre deixa e que ontem, contra a Suíça, ficaram ainda mais evidentes.

Cedric Schmidt

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