Portugal define mecanismo de verificação para os seus governantes

O primeiro-ministro português, António Costa OLIVIER HOSLETT | EFE

O sistema valerá para candidatos a ministros e secretários de Estado

14 de janeiro de 2023 . Atualizado às 09h23.

o Assembleia da República Portuguesa aprovou um mecanismo para verificar a validade dos candidatos propostos para cargos de alta responsabilidade, como ministros e secretários de Estado. O parlamento voltou a abordar na quinta-feira uma iniciativa que vinha tentando definir há uma semana. eu estabeleci um método de pré-avaliação de seus candidatosque incluirá uma declaração de compromisso de honra e exigirá uma resposta a um questionário de 36 perguntas. Estas abrangem os últimos três anos de actividade e estendem-se ao ambiente familiar.

As questões estão divididas em cinco áreas: atividades atuais e anteriores, impedimentos e conflitos de interesses, situação financeira, situação fiscal e responsabilidade criminal. Algumas delas são formuladas por meio da replicação direta de casos que deram origem aos mais recentes escândalos políticos, como: Exerceu cargos em órgãos públicos ou em que o Estado ocupou cargo relevante nos últimos três anos? e, então, foi beneficiário de qualquer tipo de incentivo financeiro ou fiscal, de natureza contratual, concedido por entidades públicas nacionais ou da União Europeia. Ou seja, o que acaba de acontecer com a secretária de Estado do Tesouro, Alexandra Reis, obrigada a demitir-se depois de saber que tinha recebido uma indemnização de meio milhão de euros para deixar a gestão da TAP, companhia aérea resgatada pelo Governo.

Além disso, entre outras coisas, o mecanismo obriga a indicar uma eventual participação, do candidato ou de alguém da sua família, no capital de empresas que tenham obtido contratos públicos na área tutelada pelo interessado. Também indaga sobre processos criminais próprios e familiares, única área que se estende por mais de três anos. As respostas não serão públicas.


Esta ideia surgiu a 5 de janeiro, durante a moção de censura que a Iniciativa Liberal propôs contra o Partido Socialista, que governa com maioria absoluta, devido à degradação política que o país tem vivido. Os opositores fizeram referência aos casos de corrupção e incompatibilidades que foram protagonizados por vários altos executivos e que derrubaram no final de dezembro o ministro das Infraestruturas, Pedro Nuno Santos. Então o primeiro-ministro Antonio Costagarantiu que iria pedir ao Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, um circuito entre sua proposta e a nomeação para descartar conjuntamente perfis com arquivo inadequado. Rebelo de Sousa, que mostra cada vez menos escrúpulos em criticar os erros do governo, recusou, garantindo que a investigação de eventuais problemas deve ser feita antes de o governo apresentar a proposta ao presidente, e não depois, porque Portugal não é um país. sistema presidencial.

caso Rita Marques

No decurso da sessão, a ex-secretária de Estado do Turismo, Rita Marques, tornou pública a sua demissão do cargo de administradora de um grupo empresarial com o qual fechou contratos públicos durante o seu mandato governamental. Em suas redes sociais, ela explicou que, após o grande fluxo de notícias sobre seu novo cargo, entendeu que não deveria aceitar. Na verdade, ela não teve muita margem de manobra depois que o primeiro-ministro e o presidente chamaram a situação de ilegal.




Calvin Clayton

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